"Somos servos do Altíssmo, propagadores de uma mensagem que otempo não destruiu e nunca destruirá, nem as artimanhas do inimigo; a mensagem é que Jesus Cristo é o Senhor e reina soberano sobre as nossas vidas".

quarta-feira, 11 de maio de 2011

PERGUNTE E NÃO RESPONDEREMOS! Por Pe. Fábio de Melo


Nem sempre a resposta está pronta. Há uma beleza na dúvida que vale à pena de ser apreciada. Forjar a resposta antes do tempo é a mesma coisa que colher frutos verdes...
Demora na dúvida... E descubra a sabedoria que insiste em se esconder na ausência de palavras.
A outra face da dúvida...
Responder perguntas é fácil. Difícil é ensinar a conviver com as dúvidas, forjar a vida a partir das incertezas, das inconclusões e reticências, permitindo que o mistério sobreviva às constantes invasões da racionalidade, no horizonte de tantas realidades que não são desdobráveis, possíveis de serem dissecadas.
Viver pra responder, cansa. Há muito ando lutando para abandonar esse espírito de onipotência que tomou conta de nós. Sentimo-nos na obrigação de dar respostas para tudo. Não sabemos dizer que não sabemos, mas insistimos em falar de coisas que ainda nem acreditamos, só para não termos que enfrentar o desconcerto do silêncio. Falamos porque não suportamos a ausência de respostas.
Talvez seja por isso que tantas pessoas têm buscado as religiões de respostas simples. Por que sofremos? Por que pessoas boas sofrem coisas ruins? Perguntas que são constantes na vida humana, sobretudo no momento em que a tragédia nos abate, o sofrimento nos visita. Torna-se muito simples justificar o sofrimento como forma de pagamento por vidas passadas, processos de purificação que expiam erros cometidos por outros. Compreensões absolutamente simplistas, redutoras, e portanto, resposta fácil.
A dor gera perguntas. A alegria, nem sempre. A religião é um recurso humano que nos ajuda a conviver com as questões mais fundamentais que são próprias da nossa condição. Ela responde, mas nem sempre essa resposta pode ser formulada através de palavras. Isto porque a religião é acontecimento da vida inteira, é processual, se dá aos poucos.
Jesus quis ensinar aos seus discípulos essa sabedoria. Não foram poucas as vezes em que eles lhes pediam explicações e respostas fáceis. Jesus nunca caiu nessa armadilha. Ao invés de entregar-lhes respostas prontas, Ele lhes ensinava a conviver com a dúvida criativa.
Também sua mãe aprendeu isso com ele. Guardava tudo no seu coração, porque sabia que a experiência do distanciamento é uma excelente forma de conhecimento.
Há fatos que se dão no agora da vida e que só poderão ser entendidos depois de passado um determinado tempo...
O fardo da prepotência de saber tudo...
Nem sempre a dúvida do momento possui resposta. Há que se ter uma paciência de saber fazer essa leitura. Conviver com a dúvida é uma forma interessante de construir respostas. Você já deve ter experimentado concretamente na sua vida essa premissa. O sofrimento desta hora gera ensinamentos que só poderão ser recolhidos amanhã.
Nisso consiste a beleza da religião: ajudar a conviver com a dúvida, nutrir a esperança que não nos deixa esmorecer, preparar o coração para os tempos reservados para o silêncio da existência.
Durante muito tempo os padres e religiosos tiveram que carregar o fardo da onipotência. Para tudo eles teriam que ter respostas. Falavam até de coisas que não acreditavam. Correram o risco das receitas mágicas, das frases prontas e do amor teórico. Essa postura gerou um desgaste histórico na figura do padre. Por falar de tudo, acabou deixando de falar do essencial. Por saber tudo, acabou esquecendo que a proposta de Jesus é também uma forma de não saber, um jeito interessante de descansar no silêncio da simplicidade que não sabe dizer, porque não é adepta da pressa.
Os padres ficaram sofisticados. Têm um discurso hermético que insiste em responder e interpretar todas as perguntas que lhes caem nas mãos. São capazes de chegarem num velório e repetir em alto e bom tom, receitas sobre a morte, que nem eles mesmos conhecem os ingredientes.
Talvez seja por isso que estejamos tão desacreditados em nosso discurso. Pessoas simples andam recebendo mais atenção que clérigos inteligentes.
Pessoas simples são aquelas que se deixam tocar pelas perguntas, e que sabem apreciar o encanto da ausência de palavras. São capazes de deixar a noite deitar seu manto sobre a dúvida que o sol aqueceu. Seguem a fio a sabedoria bíblica que nos ensina, que debaixo do céu, há um tempo para cada coisa.
Quem demora na pergunta já intui uma resposta...
Eu sei que você sofre constantemente os apelos deste mundo de respostas prontas. Talvez até já tenha pensado em trocar sua religião por uma outra que lhe responda melhor seus questionamentos.
Só não esqueça que nem sempre você precisa de respostas. A vida, por vezes só é possível no silêncio do questionamento. A desolação do calvário, o profundo silêncio de Deus, a mãe que acolhe o filho morto nos braços é uma das exortações mais belas que a humanidade já pôde conhecer.
Seria injusto se afirmássemos que só vivemos de silêncios de perguntas. Não, o cristianismo também tem respostas belíssimas para a vida humana. Os padres são portadores de uma boa nova que tem o poder de responder os anseios mais profundos da condição humana. Não só os espíritas possuem respostas convincentes...
Nós também sabemos responder, mas por estarmos fundamentados numa antropologia que não nos permite qualquer forma de reducionismo é que defendemos que nem sempre teremos respostas para todos os problemas do mundo.
Respostas não caem do céu, mas são geradas no processo histórico que o ser humano realiza. Viver é maturar, é amadurecer, é superar horizontes, acolher novas possibilidades e descobrir respostas onde não imaginávamos encontrar.
Conviver com dúvidas requer maturidade, e isso não é aprendizado que se dá da noite para o dia. A dúvida de hoje pode ser a certeza de amanhã.

Pe. Fábio de Melo
Escritor, Compositor e Cantor

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terça-feira, 26 de abril de 2011

"MÚSICA EVANGÉLICA FAZ IGREJA CATÓLICA VOLTAR A CRESCER!" Isso é sério gente.


Você viu nos principais meios de comunicação, especialmente o Jornal Nacional (2008), que a última pesquisa sobre a religiosidade brasileira tem os seguintes números:

  • 188,7 milhões hab.
  • 139, 24 milhões de católicos
  • 43,64 milhões de evangélicos
    • 28,8 milhões de pentecostais
    • 14,8 milhões de evangélicos tradicionais.
“Esses dados são surpreendentes até para o Vaticano, onde se tinha como certo que os católicos eram 67% da população brasileira. Posso assegurar que são 73,79%. Houve reação do catolicismo nesta década.” (FGV)
Uma grande arma utilizada para o estancamento da sangria na Igreja Católica foi a Renovação Carismática Católica, principalmente promovida pela música. Música que evangélicos cederam para, mais especificamente o Pe Marcelo Rossi, fazer toda uma propaganda Católica.
Quem já assistiu o canal de TV Canção Nova sabe do que eu estou falando. Eles copiaram tudinho que os crentes fazem. Mas fizeram melhor! E utilizaram “nossas” canções para reverter a fuga de católicos para as Igrejas evangélicas.
Gostaria de saber se, em sua opinião, os detentores de direitos autorais acertaram ou erraram em permitir que a Igreja Católica gravasse as músicas evangélicas?
OBS.: Tire suas conclusões que a discussão é séria e muitos comentários foram postados nesta página. É muita audácia desta pessoa.
Link da postagem www.pastorbatista.com.br 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O ROSTO DE CRISTO NA ERA DIGITAL Por Daniel Machado - Canção Nova

 
Não é novidade para ninguém que a internet e suas tecnologias estão transformando a maneira de nos relacionar, seja ela com o mundo ou com as pessoas. O Papa Banto XVI, em seu discurso para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, salientou que “estamos perante uma ampla transformação cultural”. 
 
Os frequentes discursos e mensagens do papa exortando os cristãos a testemunharem o rosto de Cristo na internet ganham corpo na forte atuação Igreja Católica nessa seara. Algumas pessoas se assustam quando veem perfis do Vaticano no Youtube e outras redes sociais, além de aplicativos para aparelhos como Iphone e Ipod que, por exemplo, ajudam fiéis a rezarem e a se prepararem para a confissão. 
 
Sabemos que o novo nos assusta, nos causa desconfiança e logo nos questionamos: estaria a Igreja incentivando o consumismo desenfreado de novos aparelhos que são lançados a cada dia? E como fica o relacionamento de pessoas que não conseguem se desprender da internet? 
 
De fato, estamos diante de um dos maiores desafios da Igreja na atualidade, mas se nos fecharmos para essa mudança social perderemos um enorme campo de missão, onde os jovens, sobretudo, se encontram como os protagonistas dessa revolução. Também perderemos o foco das informações.
 
“A Igreja se sentiria culpada diante do seu Senhor se ela não lançasse mão desses meios potentes que a inteligência humana torna a cada dia mais aperfeiçoados. É servindo-se deles que ela 'proclama sobre os telhados' a mensagem de que é depositária”, diz a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi de Paulo VI. Esse documento faz parte da história da Canção Nova e exprime a sua missão. Desde 1995, quase a mesma idade da internet, a comunidade se lança no que vem insistindo Bento XVI: testemunhar o rosto de Cristo na era digital. 
 
Em 2010 atingimos a marca de nove milhões de acessos mensais no portal www.cancaonova.com. Estamos presentes desde os inícios nas redes sociais e no desenvolvimento de novas tecnologias, como, por exemplo, o portal de blogs com a presença de sacerdotes que atendem ao pedido de Bento XVI de uma “pastoral digital”. Também temos a primeira rádio católica no Brasil (canção Nova FM) que pode ser acessada por iPhone e iPodTouch. 
 
Com responsabilidade e humildade podemos dizer que a Canção Nova é pioneira no meio católico no que diz respeito à evangelização a partir desta cultura digital. Não se trata de alienar ou deixar as pessoas dependentes do meio, mas usar o meio para fazê-las dependentes de Deus. Essa é a missão da Canção Nova: em comunhão com Bento XVI e com toda a Igreja levar a palavra de Deus a todos os lugares do mundo, seja por meio da internet ou de qualquer outro canal. Porque Deus não precisa de passaporte. Não há portas fechadas para o Evangelho. 
 
Daniel Machado
Filósofo e membro da comunidade Canção Nova
 Link da postagem: portalkairos.net

sexta-feira, 25 de março de 2011

ALÉM DAS APARÊNCIAS pela cantora Jean


Todo mundo pensa, todo mundo fala, mas na hora de agir é aquele caos. Durante toda a nossa vida, várias vezes, vimos e agimos assim. Pregamos algo e na hora de agir, parece que sofremos de uma espécie de amnésia bíblica.
A Bíblia nos alerta assim em Mt 23,3-4.7
"Disse Jesus: Observai e fazeis tudo o que os escribas e fariseus dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem move-los sequer com os dedos ... Gostam de ser saudados nas praças públicas e de serem chamados de mestres pelos homens".
O Senhor nos alerta que para sermos verdadeiros cristãos, devemos sintonizar o que falamos com o modo de agirmos. É semelhante ao que chamamos na música de harmonia.
Será que estamos perdendo a nossa capacidade de testemunhar na vida nossa responsabilidade com o evangelho?
Tenho percebido, nos contatos com meus irmãos músicos, o descaso neste sentido. A começar por mim mesma, percebo o quanto tenho deixado o descaso à palavra de Deus sobrevir-me em várias situações.
Não estou aqui querendo acusar ninguém, nem fazer falso moralismo, mas colocar em diálogo aquilo que de incoerente vejo em mim e naqueles que convivo. Tudo para que seja pleno, em nós, a vontade de nosso Senhor. Apesar de saber que não é nosso o querer e o agir.
Diz a palavra: Cf. Gal. 6, 1-4: "Irmãos, se alguém for surpreendido numa falta, vós, que sois animados no Espirito Santo, admoestai-o em espírito de mansidão. E tem cuidado de ti mesmo, para que não caiais também em tentação! Ajudai-vos uns aos outros a carregar os vossos fardos, e deste modo cumprireis a lei de Cristo. Quem pensa em ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine o seu procedimento. Então poderá gloriar-se do que lhe pertence e não do que pertence ao outro".
Estou na caminhada como ministra da música desde 1994 e percebo que as coisas vem melhorando de lá para cá, mas devemos lutar com todas as armas para que nossa convivência seja cada vez melhor. Os músicos são com pontas de lança, que transpassa o alvo para que todo o restante penetre. Por isso devemos estar afiados com a vontade de nosso Senhor.
O ciúme e inveja devem dar lugar à humildade e à colaboração mútua.
Eu sonho em ver os irmãos cada vez mais unidos no amor e na partilha conforme nos instrui a palavra de Deus:
Cf. At 2, 42.44: "Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações ... Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum".
Noto que a busca por esta meta tem aumentado no coração dos músicos e organizadores de eventos, mas é preciso prosseguir sempre rumo ao alvo, chamado unidade.
Devemos ter a coragem de sairmos da "mesmice", de nossas "panelinhas" e convidarmos para dividir o palco conosco, também aqueles irmãos músicos que não são tão conhecidos, mas que também tem muito a partilhar e ensinar.
Não nos enganemos pensando que somos os melhores, pois podemos ser surpreendidos pela nossa própria soberba.
Leia Gal. 5, 13-15.26: "Vós irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais (vaidade, exibicionismo). Pelo contrário, fazei-vos servos um dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lev.19,18.). Mas se vos mordeis e vos devorais, vede se não acabeis por destruirdes uns aos outros. Não sejamos ávidos de vanglória. Nada de provocações, nada de inveja entre vós".
Que o Senhor nos abençoe, nos dê sabedoria e discernimento neste ano que se inicia!!!
Cantemos Todos: "QUE SEJA UM É O QUE EU QUERO MAIS... O MEU AMOR É O QUE OS TORNA CAPAZES" (Mensagem Brasil)

Link da postagem: portaldamusicacatolica

sábado, 12 de março de 2011

RETIRO ORE 2011- AMOR QUE NÃO SE CANSA DE AMAR! FOI UMA BENÇÃO!

Oi galera, tudo na santa paz!
Quero falar pra vocês do Retiro ORE 2011. Na verdade eu não fui, mas muitos que forma disseram que foi uma maravilha.
Foi um momento muito forte na vida de 115 jovens que se entregaram neste carnaval a uma experiência diferente; muitos deles conhecidos que não dispensam estar com Jesus Cristo num momento em que todos dispensam sua presença.
Estou postando algumas fotos que recolhi dos próprios participantes que foram.




quinta-feira, 10 de março de 2011

COMO DISCIPLINAR UM MÚSICO CATÓLICO! Por Rafael de Angeli


Como disciplinar um músico católico - uma das tarefas mais difíceis, quando falamos em "ministros de música". Cada músico tem a sensibilidade à flor da pele e tem uma reação imediata diante dos fatos que estão à sua volta. O músico, tanto o cristão como o secular, tende a deixar o coração falar mais alto que a consciência, querendo sempre mostrar seu talento. E quando ele é criticado? Sente na alma que todo o seu preparo não valeu em nada.
Com raras exceções, devemos pedir a direção do Senhor para saber colocar que o músico cristão está ali para dar glórias ao Senhor e não receber a glória para si.
Existem alguns tópicos importantes que poderemos meditar dentro deste assunto:

1. O músico cristão tem de sentir que é chegada a hora de servir ao ministério, devendo saber que sofrerá tribulações no momento que começar a servir. O "encardido" procura perseguir muito mais os músicos, porque a ele foi destinado o atributo de ser servo na casa do Senhor, procurando derrubar todo aquele que oferece a vida para adorar e louvar ao Senhor. Portanto, o coordenador do ministério precisa discernir se determinada pessoa está preparada ou não para enfrentar estas tribulações e tentações...
2. O músico deve ter a consciência que é SERVO na casa do Senhor. Cabe aos líderes da Igreja servirem de exemplo para que ele veja que cada um se dispõe para Obra sem contrariar-se, mas se isso acontecer, que o faça mesmo contrariado para que se manifeste a vontade de Deus.
3. Todo músico deve buscar a Deus através da palavra (Bíblia), seja nos ensaios, em formações, nas orações individuais ou em grupo, para que os membros do ministério de música possam ter a consciência de que louvar ao Senhor não é apenas colocar seus talentos a serviço da Obra, mas que deve colocar a sua vida nas mãos do Senhor. Ele deve se doar por completo para que a glória do alto possa se manifestar através dele.
4. Elaborar normas para o ministério. Cabe ao coordenador (líder) do ministério de música criar normas voltadas para o engrandecimento da Obra de Deus, sendo sempre o primeiro a segui-las para que os outros não sejam incentivados a desrespeitar a qualquer item ali colocado. Seja criativo e crie regras fundamentais como não atrasar a ensaios, participar da santa missa semanalmente, estar junto nos momentos de oração em grupo, cuidar bem dos instrumentos, colocar o ministério como compromisso número um, etc. Lembre-se que você só terá controle sobre seu ministério a partir do momento que você colocar normas e cobrar de todos a cumplicidade das mesmas.
5. O músico deve ter a consciência de ser exemplo de vida cristã. Cabe ao coordenador colocar ao músico que ele será observado fora da Igreja, no cotidiano por aqueles que são usados pelo inimigo para acusá-lo.
6. Todo "músico de Deus" que não segue normas deve ser afastado, pois como já foi mencionado acima, deve compreender que é SERVO do Senhor. Já vi diversos músicos cristãos mostrarem seu talento à Igreja mas para engrandecimento próprio. Todos sabemos que Deus não se agrada disso, pois fomos feitos para louvá-lo e adorá-lo em Espírito e em Verdade. Não precisamos e não devemos ter pessoas que não souberam ainda, não tiveram no seu coração a noção exata do que é servir ao Senhor em um ministério de música. A esses, cabe ao coordenador convidá-los a se afastar do ministério e conscientizá-los de que são importantes para Deus e que devem pedir a direção do Espírito Santo para que os molde e sejam consagrados para a Obra.
A tarefa não é fácil, mas a recompensa é grandiosa a todos aqueles que seguirem Suas palavras e forem verdadeiramente servos. Todo líder (coordenador) foi consagrado e abençoado por Deus para que faça de sua Obra uma meta a ser alcançada. Todos os que souberem conduzir seus ministérios, saberão que quando saírem, para que seus discípulos tomem seus lugares à frente, a unção de Deus nesse ministério será dobrada e que cada vez mais a obra do Senhor será engrandecida na Igreja.


Santa Cecília, rogai por nós!
Rafael de Angeli
Site de origem: www.canaldagraca.com.br

sábado, 5 de março de 2011

RITMOS VARIADOS PARA A EVANGELIZAÇÃO. Entrevista com a cantora Jack

Esta foi uma entrevista feita pela Comunidade Canção Nova através da podmúsica.


Jake, como você ingressou neste ritmo e por quê?

Eu sempre fui amante das percussões, da MPB, da música brasileira. Como meus pais são um do Sul e outro do Nordeste eu saí essa “mistureba” de tudo. Quando a gente foi fazer o trabalho (porque eu sou do ministério “Guerreiros do amor”), a gente quis fazê-lo no estilo dançante e voltado para as percussões. Aí a gente escolheu o “axé music” para evangelizar. Por isso a gente estava sempre com uma “lata” na mão, sempre com um instrumento percussivo e o Senhor encaminhou tudo, graças a Deus. Isso tem contagiado muita micareta aí pelo Brasil.

Como tem sido a receptividade do público diante do seu trabalho e qual a época do ano em que você mais faz shows?

Já existiram bandas católicas de axé, mas não existiam mulheres à frente cantando. Então foi uma novidade e o povo abraçou a ideia. Tenho tido muitas oportunidades. Quero agradecer ao povo cristão, que abraçou não só a Jake, como uma cantora de sucesso, mas sim, como uma missionária que quer agregar valores à Igreja e à juventude de hoje. O meu ideal é continuar trabalhando, é continuar servindo para alcançar muitos corações para Deus.

O “axé” tem um grande apelo sexual. O que você faz para que isso não ocorra em sua música, sem perder a alegria, própria desse estilo?

Quando a gente fala do Senhor, quando a gente professa a fé, automaticamente a gente tem muito mais conteúdo e não ficamos às margens, “no rasinho”, somente na sensualidade. A gente mostra um outro lado do ser humano, que é a sua alegria espontânea, que é a sua natureza. Afinal de contas, nós temos que nos amar, amar nosso corpo, nosso cabelo e até mesmo nossas gordurinhas. Somos o que somos e Deus nos ama assim. Graças a Deus, nós temos conseguido transmitir essa mensagem e nos desvincular totalmente da sensualidade, porque mostramos a verdadeira beleza do ser humano e a pureza de Deus.

O que não pode faltar em um músico cristão?

Em primeiro lugar nós precisamos saber o que queremos. “Queremos cantar para Jesus? Será que Ele precisa da nossa voz?” Ele, que é o Criador do talento, não precisa da nossa voz; Ele nos quer como missionários, como servos. Isso é o ponto principal. Não somos diferentes de ninguém porque fazemos isso ou aquilo; esse dom não é responsabilidade minha, foi Deus quem me deu. Em segundo lugar, se queremos atingir esse foco de ser missionários e evangelizar, de irmos com tudo para valer, é preciso usar todas as armas, todos os recursos da tecnologia para profissionalizar o trabalho na música, na retórica, na forma de falar, na expressão. Nós precisamos fazer com que sejamos compreendidos para atingir o alvo. Ter seriedade nessa vida com Deus, ter seriedade naquilo que falamos: eu não posso falar algo e viver outro algo; temos que ter essa unidade. Nós devemos ter foco e decisão.

Você teve algum tipo de preconceito no início por causa do estilo?

Não tive, porque dentro da Igreja existem os mais tradicionais e existem os mais diversificados dentro do meio católico. Mas, para mim, diretamente, nunca ninguém disse que discordava. Quem tem uma forma de louvar a Deus tem o seu movimento, tem o seu lugar e cada um tem o seu movimento e tem o seu lugar. Acho que cada um vai glorificando ao Senhor da forma que prefere e que acha melhor. As pessoas vêm até mim e dizem que se encontraram com o Senhor através da minha música; outras dizem que se encontraram com Ele através de uma música de adoração. Há gosto para tudo e espaço para todos dentro da Igreja do Senhor.

Sua música ganhou uma proporção muito grande. Como trabalhar para não cair na vaidade?

É o que nós falamos: se temos um foco bem claro na mente, vamos desejar que as coisas continuem da forma que agrade ao Senhor. Nós não vamos querer que, no final, o Senhor diga que nós salvamos a tantas almas, mas não salvamos a nossa própria. Partindo desse foco de que queremos ser missionários: se queremos ser grandes, devemos então ser servos, porque Jesus é assim. Por isso, nós devemos manter esse foco sempre, jamais nos iludir, jamais nos confundir com as luzes, com as câmeras e com a ação. É preciso ter o foco, manter o pé no chão sempre e pedir a Deus essa graça. Porque muitos que dizem “Senhor, Senhor” não entrarão no Reino dos céus.



Site desta postagem: cancaonova.com

sábado, 26 de fevereiro de 2011

MUSICOS ESTACIONADOS


Deus quando toma uma decisão Ele não brinca ou fica em cima do muro como nós, por isso se você recebeu o chamado para servi-lo, seja na música ou em outro ministério acredite: é pra valer! Deus vai te capacitar e te dar tudo o que for necessário para que você cumpra BEM a missão.
Lembro que certa vez liguei para um irmão chamando-o para cantar comigo em uma missa e então ele disse:
“Ah irmão… vc sabe como está minha situação… EU ESTOU PARADO… não estou mais cantando no grupo de oração e até mesmo na missa raramente apareço… nem m e considero mais músico…”
E eu (insistente como sou) repliquei: “Mas irmão, como você me fala uma coisa dessas? Vc pode até estar passando por um momento difícil, mas não diga isso. NÃO DIGA QUE NÃO É MÚSICO E QUE SEU MINISTÉRIO ACABOU, porque Deus age através de você. Esse é o ministério que Deus lhe confiou, é um DOM que Ele te deu..”
Bom, acabei não ganhando a discussão, porque de fato ele não aceitou o meu convite e estava super-desanimado. Mas também pudera, eu entendia e respeitei sua decisão. Eu acompanhei bem de perto sua caminhada. Era um irmão dedicado, realmente de Deus. Ativo na comunidade e estava presente em tudo o que podia. Chegou fazer parte de uma comunidade de aliança e tudo caminhava bem. Claro que existiam muitos ventos contras e as provações eram cada vez maiores, mas mesmo assim ele (e seus irmãos) perseveravam na caminhada. Até que aconteceram muitas coisas e resumindo a Comunidade se desfez, ele saiu do grupo e consequentemente houve um rompimento de suas atividades. Aliás, não apenas de sua parte, mas de vários integrantes… vários mesmo, que inclusive hoje estão afetados. Alguns já erguidos, outros se erguendo e infelizmente alguns ainda à se levantar. (E com fé em Deus haverão de superar).
Com essa introdução eu quero dizer o seguinte: muitas vezes nós músicos usamos essa expressão: “Estou parado, não estou mais tocando, cantando…”
Meus irmãos, eu faço um apelo agora: não diga mais isso, que está parado, pois aquilo que Deus nos confiou é para valer. Na realidade também não sei explicar como deveríamos dizer quando não estamos exercendo o nosso ministério, mas o fato é que passamos por momentos de deserto, por momentos de silêncio e pelas mais diferentes experiências e tudo o que não podemos fazer é PARAR. Porque quando paramos de fato, esfriamos. E aí é difícil retomar, é difícil recomeçar, pois conhecemos um outro lado da história, onde já não temos obrigações, mas simplesmente confortos e prazeres, chegando até mesmo a pensar que “é melhor assim, longe da igreja…”
Nunca será melhor ficar longe da igreja! Pois a Igreja é o corpo místico de Cristo e não podemos ficar afastados.
Preciso ser bem transparente com vocês, pois esses pensamentos também me visitam, onde me coloco em dúvidas se de fato estou exercendo o meu ministério.
Por que digo isso? Porque alguns meses atrás eu (e meus irmãos) experimentamos uma dor muito grande e forte, que inclusive nos afeta hoje: o término do nosso grupo de oração. Só Deus sabe o que vivemos e o que passamos. Mas o pior é você terminar algo querendo continuar…. não estou me fazendo de vítimas, pois quem sabe a história sabe do que estou falando. Mas praticamente fomos forçados a encerrar nossas atividades. Foi muito dolorido e ainda é, mas acreditamos na Palavra que diz “tudo concorre para o bem daqueles que amam o Senhor”.
Então quando tudo isso aconteceu fiquei me perguntando: “E agora como vai ser? Como vou servir o Senhor e onde vou exercer o meu ministério? Onde vou tocar e cantar? Pois são as coisas que mais me apaixonei no exercício de servir a Deus…”
Contei com a presença forte e consoladora de minha esposa que sempre me apoiou e me deu forças dizendo: “Calma, Deus sabe tudo… Ele sabe o que é melhor pra nós”
Eu me sentia como um desempregado e que precisa sustentar uma família. Eu queria resolver as coisas rápido e inclusive pensei sobre esse site “Oficina da Música Católica”, no qual cuido com tanto carinho. Pensei: “serei um hipócrita em falar de servir na igreja se agora nem eu estou cantando mais… como vou falar de música se não toco mais o meu violão?…”
Como eu disse acima Deus não brinca e se nos chamou é para valer, por isso tenho aguardado em paz, mas atento, pois Deus sempre fala. E o mais incrível e maravilhoso é que após essa enchurrada de acontecimentos o meu site passou a ser mais acessado. Tenho recebido o triplo de emails que recebia. Estou sendo convidado para pregar em muitos lugares e justamente para falar aos ministérios de música. E sendo bem sincero acabo questionando o Senhor dizendo: “mas Senhor, justo agora o Senhor me chama? Não seria melhor eu me acertar primeiro? Me firmar em um ministério e na comunidade?” Mas a certeza que chega ao meu coração é que todos esses chamados são respostas do Senhor, como que dizendo: “Veja, o seu ministério não acabou. Quem disse que acabou? Foram homens? Eu o Senhor não disse isso, por isso continue… continue a evangelizar… tudo ao seu devido tempo…”
E isso me conforta muito porque lembro da Palavra que diz: “existe um tempo pra cada coisa (Ecl 3)”
E assim tem sido irmãos… vou caminhando, pois se o Senhor colocou essa certeza no meu coração então devo continuar. Continuar evangelizando na certeza que não estou sendo hipócrita, muito pelo contrário, procuro dar à vocês alguma ajuda, qualquer dica, tudo o que eu puder colaborar, pois “de graças recebestes, de graças dai…”
Você pode até estar estacionado, mas não parado, pois são coisas bem distintas. Existe uma grande diferença nisso. Estar estacionado é estar por algum tempo, mas existe uma certeza de recomeçar. Estar parado e sinônimo de abandonar, de não querer mais. E olha só: quem se apaixona pelo Senhor de verdade não pensa em abandonar tudo, pois “um verdadeiro adorador não volta atrás”, como nos diz o padre Roberto da Toca de Assis.
Se alguém me pergunta o que estou fazendo na igreja eu digo: “estou caminhando irmão… devagarzinho, mas eu vou…”
Vamos caminhando na graça, pois o apóstolo Paulo também nos ensinou isso: “Só a graça de Deus já nos basta…”
E quero terminar dizendo a vocês o mesmo que tenho ouvido do Senhor a cada dia:
“O seu ministério não acabou. Quem disse que acabou? Foram homens? Eu o Senhor não disse isso, por isso continue… continue a evangelizar… tudo ao seu devido tempo…”
Eu Jorge, não posso lhe dizer quanto tempo vai demorar essas turbulências, mas posso dizer uma coisa: fomos escolhidos e somos amados. Não somos melhores que ninguém, mas se Deus nos escolheu é preciso ir até o fim… porque vale a pena!



Site oficial

O RETIRO DE CARNAVAL ESTÁ CHEGANDO!!! Por Frei Jonas Dias



Está mais próximo do que nunca, é chegada a hora; então é necessário preparar mais ainda o coração, não somente as malas.
Quem irá, tem a plena convicção de que Deus fará coisas maravilhosas acontecer durante estes poucos dias; mas, Deus necessita de um coração aberto e disposto a acolhe-lo, como Maria, que despojando-se de si mesma, abraçou a causa do Reino e através dela veio a nós o Salvador: JESUS CRISTO.
A pergunta é forte e a resposta deve ser sincera: QUEM ESTÁ DISPOSTO A, COMO MARIA, ACOLHER JESUS NA MANJEDOURA DO SEU CORAÇÃO?
"Eis o tempo favorável..." eis o dia propício para tal maravilha acontecer na vida de inúmeras pessoas que estarão vivenciando os retiros de carnaval.
Já pensastes no quanto o Senhor vai trabalhar neste período; ele fará inúmeras transformações em inúmeros lugares e em momentos simultâneos; é, a onisciência, a onipotência e a onipresença, só Ele pode! Sou feliz porque só ele pode!

Abra o seu coração mais ainda; acredite e tenha em você que esta seja a sua grande oportunidade e que não terá outra jamais.
Se prostre diante daquele que pode tudo em nós. Convença o seu coração dessa verdade; de que você é fruto do céu e que por mais que o mundo tente mostrar o contrário, você nasceu pra viver o contrario de tudo o que ele oferece.
Seja oposto, viva no oposto, no contrário, na contramão da realidade que teima em te circundar; seja sinal invertido à realidade frágil do dia-a-dia.
Evite tudo o que não constrói a sua realidade, o cerne de onde vieste, o primeiro amor, o primeiro contato: DEUS; livre-se de toda tentativa de distanciamento e navegue em direção das alegrias do grande amor.

Músicos de Deus, sejam, de fato, o escudo de Deus no combate contra as invertidas no inimigos; sejam faróis a iluminar a estrada dos andantes, sejam setas que apontam e que asseguram os caminhos que conduzem a Deus; sejam combatentes do grande amor.
Revistam-se da graça e preparem o seu coração; o Senhor fará muito através de vocês em vocês!

Deus os abençoe e os proteja e os use segundo a sua vontade!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

COLISÃO - ALINE BRASIL

QUANDO O NOSSO CANTAR NÃO TOCA OS CORAÇÕES. Por Frei Jonas Dias, OFMCap

Neste ponto eu inicio dizendo que não é tarefa nossa tocar os corações; nem se tivéssemos a mais bela voz ou o melhor instrumento, é pura graça de Deus através do seu Santo Espírito.
É necessário que os músicos, facilitemos para que essa graça aconteça na vida de nossos irmãos, se é que ronda o nosso coração desejo de que as pessoas sejam transformadas ao ouvirem a Palavra de Deus trans formada em canção e musicada por nós.
Pra isso é necessário estar preparado. É necessário estar munidos das verdadeiras armas. É necessário, acima de tudo, haver uma entrega total, pra que assim o seu corpo possa ser canal da graça de Deus; e não somente a voz ou os braços, os dedos, digo isso pra quem é instrumentista.
A graça que Deus operará na vida dos que estão a ouvir, é uma graça que tem uma intenção total, que no seu âmago, vem pra atingir o ser humano em todas as áreas, Deus não quer fazer obra pela metade; logo, é necessário que o canal que será utilizado por Deus, para tal acontecimento, tenha primeiramente um terreno já conhecido por essa força; para que assim a graça repouso em sua potência nos que mais necessitam.
É claro que é inegável que muitos músicos ao servirem recebem também essa força potencial, pois “o Espírito repousa onde quer”, mas isso não dá o direito do servo não procurar viver essa experiência antes.
É claro que isso também vai depender da abertura do coração dos que estão ali, querendo beber da fonte que é Espírito Santo.

Logo, músicos, estejam prontos; munidos da Palavra de Deus, fiéis na confissão, no jejum, na adoração, na Sagrada Eucaristia; fiéis nos documentos da Igreja, nas palavras do Santo Padre, no direcionamento do seu Pároco, do seu diretor espiritual.
O verdadeiro ministro de música de Deus está sempre abrasado de uma sede de querer aprender que é saciada nos braços de Deus e que é abrasada no contato com os irmãos.

Preparemo-nos e estejamos prontos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ORAÇÃO DO MÚSICO CRISTÃO por Padre Joãozinho



Senhor, Jesus Cristo, Somos notas diferentes na mesma pauta do Reino de Deus.

Nós Te louvamos por este tempo de pausa, de silêncio.
Lembramos que a quietude de Tua mãe, Maria, permitiu que ela respondesse "sim"!
E a Canção se fez gente, e habitou no meio de nós (Jo 1,14).
Temos timbres diferentes, e exatamente por isso podemos cantar na trinitária harmonia dos acordes da fé, da esperança e do amor.
Que possamos unir nossas diferenças para que a canção seja mais santa e mais bela.
Sabemos que na vida existem acidentes.
Mas não nos deixes cair na desafinação.

Que possamos ouvir a voz uns dos outros, seguindo as Tuas orientações e movimentos, nosso maestro maior!

Alerta-nos para que saibamos obedecer os sinais de expressão: desde o pianíssimo e oculto serviço da composição, até à fortíssima visibilidade de nossa canção nos Meios de Comunicação.
Acima de tudo, nós Te pedimos: lembra-nos que a clave é quem dá o nome, a altura e o significado de tudo o que cantamos.
E a nossa clave és Tu, Sol Nascente, Luz do Alto, que veio nos ensinar a profetizar pela canção, com os olhos para o alto e com os pés firmes no chão.
De todas as verdades, És o supremo cantor.
Senhor Jesus, nossa boca cantará ao ritmo do Teu coração.
Unidos cantaremos a Tua eterna canção de Amor.
Amém!

Link de origem: canaldagraça.com

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

VOCÊ SE ACHA TOTALMENTE NECESSÁRIO EM SEU MINISTÉRIO? Por Rafael de Angeli


Nós, músicos, cristãos ou seculares, muitas vezes nos imaginamos úteis e indispensáveis quando se trata de tocar o nosso instrumento. Certamente, quando tecnicamente um grupo tem a sua evolução coletiva, cada um tem a sua função específica em cada música. Outros não tão evoluídos tecnicamente têm a tendência de depender de um ou outro músico para realizar solos que possam embelezar as músicas.
Normalmente os músicos que têm uma maturidade técnica não são muito exibidos ou do tipo de pessoa que gosta de aparecer, em função dos anos de vivência no seu aprendizado. Ele já sabe por si só se vangloriar!
Nós aprendemos que nunca somos os melhores e que aparecerá alguém melhor do que nós. Os melhores respeitam o limite técnico de cada um e sabe que, às vezes, pode-se aprender com os que ainda estão "engatinhando" na música. Por outro lado, existem os que gostam de mostrar o que aprenderam e quando algum leigo em música diz "esse toca muito!", logo o orgulho passa a tomar conta.

São dois exemplos típicos que podemos encontrar tanto no meio cristão como no secular. Como experiência própria, convivo com os dois lados e sempre ouço, da boca para fora, o músico cristão dizer que quando toca, louva ao Senhor e o secular dizer que é para sua satisfação pessoal. O músico secular sempre expressa o que acha, mas nem sempre se vê os verdadeiros sentimentos no músico cristão, infelizmente.
O músico cristão, em alguns casos, já decorou certinho o texto e para todos os irmãos da Igreja sempre diz a mesma coisa: "toco louvando ao Senhor!". Basta vê-lo executando o seu instrumento para perceber que ele também se satisfaz naquele momento, não (somente) em louvar a Deus, mas no prazer em tocar. Faz um verdadeiro "show" de demonstração de conhecimento e no fundo acha que está "abafando" e sua satisfação pessoal o impede de perceber isso.
Outras vezes quer mostrar à equipe algum acessório novo que comprou e seus recursos, mas acaba mostrando "pra Deus e pro mundo", exagerando nas demonstrações dos efeitos ou recursos nos ensaios e, conseqüentemente, nas missas, nos grupos de orações e nos demais eventos de nossa Igreja, fazendo com que a essência da música se perca. Parece uma criança que ganhou seu primeiro brinquedo ou uma bicicleta... Isso é uma ação típica do músico aprendiz que busca seu lugar no grupo.
O músico tecnicamente mais evoluído e com anos de estrada, vê as limitações de cada um e as respeita. Ele age como um verdadeiro mestre deve agir, reconhecendo os defeitos e virtudes de cada um.
Você poderá perceber que ele nunca vai humilhar ou se vangloriar no seu instrumento diante do aprendiz, mas ensinará pequenas técnicas, porque ele sabe que sempre o aprendiz deverá reconhecer suas limitações na vivência com outros músicos...
Certamente, o aprendiz poderá se sentir frustrado se achar que é o melhor (como todos os que acham que são os melhores), mas perceberá que tem muito a aprender. É assim que o aprendiz cria maturidade.
Quando um grupo não evolui coletivamente, existe um grande risco de criar-se uma dependência de uma ou duas pessoas do mesmo. Cria-se dependência em todos os aspectos, o que acaba gerando acomodação por parte dos de menor técnica. É isso que faz com que os mais técnicos acabem sendo imprescindíveis dentro do grupo. Será que não é o seu caso?
Experimente "tirar férias" de um mês do grupo de oração ou do local em que você ministra sua música. O que aconteceria? Certamente você ouviria de muitos: "como você faz falta!", ou ainda: "seu lugar é lá com o pessoal!". Mas você começará a perceber que o grupo trabalhará coletivamente, o que será saudável para que eles busquem o seu aprimoramento técnico e a Deus.
Devemos lembrar sempre que se sentirmos que somos imprescindíveis dentro do ministério é porque algo está errado. Em primeiro lugar, o único que deve ser imprescindível tem de ser Jesus e não nós. Devemos ser apenas instrumentos em Suas mãos.
Quando começamos a pensar que somos imprescindíveis, é porque ainda não amadurecemos e caímos em algumas tentações, como o da satisfação pessoal, que é gerada pelo prazer de tocar, pelo sentimento de sermos os melhores, que é gerado pela soberba resultante da nossa inexperiência de vida. O sentimento nos trai e acaba gerando em nós plena barreira de louvar ao Senhor, porque ficamos preocupados achando que o momento não fluirá quando estamos ausentes. Nos sentimos como o pilar que sustenta a equipe e acabamos sentindo orgulho disso. E quando estamos com esse sentimento, acabamos gerando uma barreira entre o ministério e a assembléia (povo de Deus).
Reflita sempre quem é realmente imprescindível em sua música: você ou Jesus. A soberba acaba causando impedimentos no louvor porque Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes (Tiago 4, 6b; I Pedro 5, 5b). Deixe com que sua técnica cresça na humildade, seja companheiro, fazendo com que Cristo seja imprescindível na sua vida e reconheça a força de vontade de cada um em seu ministério. Faça com que a equipe cresça coletivamente, fazendo com que todos trabalhem em prol da missão de seu ministério e não dependa apenas de um ou dois que o façam. Assim a graça do Senhor estará sempre no meio de cada equipe e o "ministrar música" fluirá de forma harmoniosa e com muita unção.

Santa Cecília, rogai por nós!
Rafael de Angeli

ESTA NA HORA DE GRAVAR? DICAS PARA PRODUZIR UM CD. Por Alisson Noberto



A primeira dica é que este CD não seja fruto de uma realização pessoal, mas sim uma inspiração de Deus. É preciso que aquele que estiver à frente, que conduz, sinta "triplamente" o momento de partir para este trabalho e, que os irmãos que estão juntos, venham confirmar este momento exato, a partir daí nós aconselhamos alguns passos práticos.
O segundo passo é escolher um bom repertório e um bom arranjo. Qual repertório e arranjo? Depende do público que você quer alcançar, a partir dele você saberá a objetividade, porque o objetivo de todo o CD é simplesmente evangelizar.
O terceiro passo é escolher um bom estúdio, um estúdio de qualidade, hoje é muito usado o sistema pos-plus, ele favorece muito a gravação e se possível este estúdio seja católico por que ele já tem costumes, passos para a espiritualidade.
Dentro do estúdio, é preciso muito diálogo, espiritualidade e tranqüilidade entre os músicos. Além de um produtor que pode ser o coordenador do ministério ou outra pessoa, mas de que certa forma exista uma hierarquia para que haja ordem nas decisões ou reuniões, partilhas e execução. Um bom estúdio de mixagem e masterização, com bons profissionais com experiência e qualidade. Pois é necessário, hoje, produzir uma música católica de qualidade. Isso é uma busca constante do Ministério Palavra Viva e também de todos músicos católicos.
Aconselhamos como quarto passo, um trabalho gráfico bem elaborado. Também dentro do tema do CD, onde você possa usar o máximo de criatividade, que seja bastante atrativo e também comercial.
Por fim, enviar este material para uma empresa para que possa ser prensado, buscar um sistema de distribuição eficaz. Fazer com que ele chegue às pessoas é um desafio, 50% do trabalho é a produção e o resto é a distribuição.
Deus abençoe a todos um bom trabalho, boa criatividade, boa escuta e inspiração de Deus neste trabalho!


Site de origem: portalkairos

E SE EU FICAR ROUCO(A)? O QUE EU FAÇO? Por Karla Fioravante dos Cantores de Deus



Você foi convidado (a) pelo pároco para uma grande celebração, na qual fará uma apresentação solo em um determinado momento. Que graça de Deus! E no dia da apresentação... Você amanhece rouco(a)!...
Seu ministério de música vai tocar, é um evento com muitas pessoas buscando ser evangelizadas! Você canta sozinho(a) a maior parte das músicas e não mais que de repente: onde está sua voz? Gripe!
Eis a sua chance! Você foi convidado(a) para uma apresentação na qual vai poder mostrar as canções que há anos você compôs! É um evento no qual se farão presentes pessoas que poderão dar a você uma oportunidade de gravar, de ter seu CD... E bem no dia, você amanhece gripado(a), sem voz, fanho (a)... E agora?
Quantas e quantas vezes você já passou por isso? Algumas, presumo! Quem canta, trabalha com a voz, faz locução, atores e atrizes, sempre estão expostos (as) a viver esses imprevistos! Mesmo os instrumentos musicais rebentam cordas, desafinam, quebram... Imagine o ser humano!?
Há pessoas, que em fase de grande apreensão, ansiedade e choque emocional, perdem a voz! E há as formas mais habituais (gripes, rouquidão) de se perder a voz, inclusive quando falamos muito alto em ambientes com grande poluição sonora (bares, discotecas, shows). Em nosso desespero recorremos àquelas receitas milagrosas para que nossa voz volte! Apelamos para as pastilhas, spray de própolis, gengibre, limão, vinagre e sal em gargarejo, balas de hortelã, chá preto, bebidas alcoólicas, entre outros. Esses recursos caseiros só fazem piorar o estado da voz, podem até possuir efeitos anestésicos para mascarar o problema temporariamente, mas só prejudicam mais ainda as pregas vocais!
Para cuidar da sua voz é preciso que você sempre a hidrate antes de qualquer apresentação. Antes do uso da voz é recomendável que você coma maçã, beba muita água. Acompanhados de exercícios de respiração e vocalises.
Fazer um gargarejo de água morna com uma pitada de sal pode ajudar, pois o calor dilata os vasos e o sal tem efeito anticéptico. Exercícios físicos e de condicionamento também ajudam muito a resistência da voz. Alongamento, relaxamento também contribuem para reduzir a tensão vocal.
Se você tiver predisposição a choque térmico, evite ingerir alimentos e líquidos muito gelados, pois pode ocasionar rouquidão. Cuide bem de sua voz. E se calhar de ocorrer os fatos citados inicialmente mantenha a calma, aquiete seu coração, não force sua voz, respeite seu corpo. Outras oportunidades virão e você saberá aproveitá-las da melhor forma; tenho certeza disso!


Dite de origem: portalkairos

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

AS PESSOAS TEM NECESSIDADE DO BELO Por Léo Rabello - Banda Dominus


João Paulo II, em 1999, escreveu uma carta endereçada a mim. Isso mesmo: uma carta do Papa pra mim e pra você que é artista e que de alguma forma leva o “belo” para o mundo. Essa carta é um presente pra nós, mas é também um apelo da igreja para que cada um de nós, artistas, não cessemos de “produzir” esta beleza que o mundo tanto necessita.
De fato, a arte – no caso, a música – exerce uma influência enorme em nós. A música, em geral, tem essa força, independente de seu estilo. Quem já não chorou com uma canção ou ouvindo uma música se transportou a um outro lugar? Tive a oportunidade de estudar musicoterapia em 1998 e pude experimentar, trabalhando durante um ano na APAE, com excepcionais, como a música pode ajudar jovens com alguma deficiência.
Em outra oportunidade, trabalhei com a Pastoral da Saúde no maior pronto socorro de Belo Horizonte. Sabe o que eu fazia lá? Tocava violão e cantava com os enfermos. O lugar mais difícil do hospital, para mim, era o 9º andar, pois lá estavam os que sofreram queimaduras. Mas era lá que eu sempre queria ir, pois mais aprendi com eles do que tudo. Algumas pessoas não conseguiam falar quando eu cantava, mas era possível ver nos olhos a paz e a alegria da visita e da música. Cantei sertanejo com uns, pop rock com jovens e cantigas com as crianças, mas o mais importante eram eles se expressando através da música, algo que ajudava em sua recuperação.
Conta uma história que dois irmãos músicos, um que tocava na igreja e outro na orquestra, combinaram de se verem tocando. O da ópera foi à igreja e o som estava ruim, os violões desafinados, a música mal executada, etc. No outro dia, o da igreja foi ao concerto da orquestra que começou pontualmente, o som estava impecável e tudo no seu devido lugar. Conversando depois, o irmão da orquestra disse: "nós aqui apresentamos uma mentira como se fosse verdade e você na igreja apresenta uma verdade como se fosse mentira".
Será que tenho feito de minha arte uma verdade para as pessoas? Como o Papa disse, o mundo tem necessidade do “belo” e infelizmente muitos jovens se encantam com tantas músicas sem sentido, ou pior, com sentido destruidor. E digo mais: será que tenho feito de minha vida uma bela arte para as pessoas?
Escute, jovem: somos inteligentes e podemos crescer com belas canções que nos levam ao encontro com o sagrado, sejam essas canções cristãs ou não. Cabe a mim e a você usar o discernimento pra saber se aquela canção me ajuda ou me atrapalha, se me constrói ou me destrói, se me eleva ou me rebaixa.
Cresçamos e nos elevemos com a beleza da música e experimentemos o quanto ela pode nos ajudar a sermos pessoas melhores.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O CANTO LITÚRGICO Por Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho



O Concílio Vaticano II deixou uma norma valiosa "... a música sacra será tanto mais santa, quanto mais intimamente estiver ligada à ação litúrgica..." (SC 112c). E ainda: "Uma autêntica celebração exige também que se observe exatamente o sentido e a natureza próprios de cada parte e de cada canto..." (MS 6b). Portanto, a unidade litúrgica da celebração no seu todo ou em suas partes específicas devem ter cantos apropriados e que tenham nexo com o ato celebrado, com o momento celebrativo. Como se trata de um louvor a Deus, cumpre ensaios anteriores e, quando há um solista que este seja afinado, pois é também um tormento para os fiéis escutar certos pseudos cantores. É preciso que os textos sejam aprovados pela autoridade competente, pois este articulista já captou heresias em muitas letras.
Os letristas e compositores precisam penetrar fundo no mistério litúrgico, a fim de comporem textos e músicas que enriqueçam ainda mais o tesouro da eucologia cristã. Embora toda celebração deva ter cantos que exprimam o sentimento dos fiéis, por vezes, é melhor a leitura, por exemplo, do salmo responsorial do que apresentá-lo por elementos detituídos de um mínimo de harmonia musical. Além disto, no que tange o salvo responsorial ficar repetindo indefinidadmente o refrão não é louvável, dado que não se pode inflar o tempo destinado à celebração. Nunca se exaltará demais o papel importantíssimo do canto na liturgia, mas, por isto mesmo, ele merece ser tratado com piedade, arte e solenidade, expressando a alegria de um povo que festeja o seu Deus ou as súplicas dolentes a Ele dirigidas.
O canto deve exprimir a interioridade do coração daquele que crê. Em síntese o canto deve cooeprar para o crescimento espiritual de todos. Há uma razão de ser em cada cântico. Corações voltados para o Ser Supremo a proclamarem suas maravilhas. Nunca se pode olvidar o mistério pascal de Jesus, o triunfador sobre a morte e o redentor querido de todos. A presença do Espírito Santo dever ser percebida a iluminar as mentes e a aquecer o ânimo de todos. Trata-se de uma comunidade unida numa só voz, demonstrando que a ventura existe para quem sabe louvar a Trindade Santa.




Extraído do site portalkairos.com