"Somos servos do Altíssmo, propagadores de uma mensagem que otempo não destruiu e nunca destruirá, nem as artimanhas do inimigo; a mensagem é que Jesus Cristo é o Senhor e reina soberano sobre as nossas vidas".

domingo, 31 de outubro de 2010

NO QUE CONSISTE O NOSSO CANTO. Por Liliane do Nascimento Consagrada da Com. Chagas de Amor

“Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente.”
Santo Agostinho
Sábio pensamento, este de Santo Agostinho. E é com ele que damos o ponta-pé inicial ao nosso Projeto CANTO NOVO, com uma nova roupagem, um novo foco, pois o Espírito Santo sempre tem algo inédito a nos revelar.
Podemos partilhar um pouco neste mês sobre a realidade em que se encontram nossos ministros de músicas nos dias de hoje. E devemos nos questionar:
No que consiste o nosso canto?
Sempre digo que o ministro de música vive como em uma corda bamba, a todo o momento buscando se manter firme na meta de não cair, ou seja, de não se deixar levar pelas vaidades. É uma luta constante que só terminará no céu. Aleluia!
Infelizmente, parece que se perdeu a essência do servir. Nos deixamos levar pela rotina e colocamos de lado a espiritualidade, para cumprir “obrigações” de estar sempre no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas.
Isso precisa mudar, pois antes de FAZER, nós SOMOS, antes de desempenharmos um ministério, tivemos uma experiência pessoal com o Amor de Deus. Ele nos chamou, nos confiou um ministério que é nossa rede para pescar almas, como nos diz o Senhor :
“Vinde após mim e vos farei pescadores de homens.” (Mt. 4, 19).
Mas, é imprescindível para uma boa pescaria que as redes estejam fortes e sem danos. Por isso o Senhor nos convida a ir além, a dar um passo a mais. O de realmente nos decidir a viver o que cantamos, o que pregamos, em atos concretos. Nós não podemos estar dependentes do microfone ou de um instrumento para evangelizarmos, ou seja, necessitamos viver a autenticidade do Evangelho que consiste unicamente em amor, em amar. É o amor que marca cada parágrafo da Boa Nova, cada milagre de Jesus, todo o seu ministério e especialmente Sua morte de Cruz. Como nos ensina Santa Terezinha:
“O Amor é o ponto de partida para tudo!”.
O Amor tem que ser o ponto de partida do nosso servir, só assim ele será eficaz. Do contrário, é somente vazio, aparências, não tem alicerce, não finca raízes.
Precisamos entoar com nossas vozes o amor perfeito de Jesus, cantar o mais alto que pudermos que é esse amor louco, cravado num madeiro que cura e que salva, independente de quem canta ou de quem toca, pois o Amor de Deus não se condiciona a essas pequenas coisas, ele é muito maior. O Amor pode transformar tudo!
Temos que assumir de uma vez por todas nossos lugares de servos, nos colocarmos no último lugar e na humildade nos reconhecermos pequenos e dependentes da graça de Deus, buscando a santidade e nos tornando homens e mulheres orantes. Assim como nos afirma o CIC no nº. 2559:
“A humildade é o fundamento da oração. A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus”.
Quando olharmos a nossa volta e começarmos a enxergar o sofrimento do próximo, indo ao seu encontro e direcionarmos o nosso servir neste intuito, tudo terá mais sentido e o primeiro passo será dado rumo à santidade, a vida eterna que compensará todos os sofrimentos desta terra.
Sigamos o exemplo de nossa querida Santa Terezinha do Menino Jesus:
“A santidade não está em tal ou tal prática; consiste numa disposição do coração que nos torna humildes e pequenos nos braços de Deus, conscientes de nossa fraqueza e confiantes até audácia em sua bondade de Pai”.
E que esse possa ser o nosso único desejo, sermos verdadeiros mendigos de Deus, que nada tem, nada são, senão no Senhor, que nos envolve em sua infinita misericórdia. Simples servos que somente almejam agradar o seu Senhor e fazer com que ele seja amado por todos, fazendo de nossas vidas o mais bonito e agradável louvor.
Que o nosso canto seja renovado nesta Páscoa para que junto com Jesus nossas vidas renasçam para o novo de Deus. Um abraço fraterno!
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DICAS PRÁTICAS PARA O MÚSICO. Por Fábio Roniel, marido da cantora Eliana Ribeiro e consagrado da Canção Nova

Quando o músico erra

A vaidade é uma coisa que existe na maioria dos músicos e se ela não for bem trabalhada pode atrapalhar seu ministério. Quando um músico erra, a tendência naqueles que são menos experientes é de fazer cara feia, parar de tocar e coisas do tipo.

Uma dica na hora do erro é de passar por ele como se nada tivesse acontecido, sem ter nenhuma reação diferente, para que não se evidencie o erro.

Dica para o baterista

Nesses meus dez anos de música na Canção Nova, percebo que na música católica os bateristas iniciantes, muitas vezes, querem colocar em uma só música tudo aquilo que aprenderam ou estão estudando. Isto prejudica muito o ministério, porque evidencia o baterista e desvia a atenção do povo da mensagem que está sendo passada.

Outra coisa é que o caminho não é este. Se você estiver querendo demonstrar também o seu profissionalismo, faça o "feijão com arroz" bem feito, que aqueles mais experientes na música vão perceber a sua capacidade e maturidade musical.

Dica para o baixista

Uma dica importante para os baixistas é de sempre lembrar de que ele não é o guitarrista. Por que eu falo isto? Porque já vi muitos baixistas que têm tendência em ficar solando e improvisando nas músicas.

Realmente há momentos que cabem estas coisas, mas uma constância exagerada a banda acaba ficando sem chão e o baterista fica sozinho. Por isso, é preciso ter muita atenção e saber a hora certa de colocar os improvisos principalmente na região aguda.

Para o Ministério de Música

Uma dica importante que eu gostaria de dar para os ministérios de música é que todos têm que ter consciência de grupo. E o que seria basicamente esta consciência?

Cada um estar atento em não chocar com os outros músicos com acordes uns diferentes dos outros. Outra coisa importante é não atropelar o outro músico, como dois músicos solarem ou improvisarem ao mesmo tempo, sendo que isso também faz com que a música fique sem base harmônica.

Então, muita atenção para esta consciência de grupo.

Fonte: Fábio Roniel
Ministério de Música Canção Nova
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

QUAIS AS MINHAS PRIORIDADES? Por Alan Costa da RCC da Arquidiocese de Vitória - ES


Tantos ministérios e bandas têm se perdido por não saberem definir suas prioridades. Qualquer área de nossa vida sem prioridade desanda. Vivem sem prioridades é viver sem disciplina. Uma vida sem a disciplina trazida pela priorização, corre sério risco de ser vivida erradamente, onde investimos tempo naquilo que não edifica e não irá nos trazer o retorno esperado. O assunto tende a piorar quando o trazemos à ótica do serviço a Deus. Um dos serviços dentro da Renovação Carismática Católica é feito pelos Ministros de Música. Fiz questão de classificá-los assim, pois ser um Ministro é muito mais que ser um simples músico. Classificar alguém que foi separado pelo próprio Deus apenas pelo seu dom técnico, é subestimar esta escolha, tornando-a apenas um “servicinho” ou um “passa tempo” e não um ministério. Para priorizar algo eu preciso, antes de qualquer coisa, entender a real importância de cada uma das coisas com as quais tenho convivido diariamente. Sem esta classificação é impossível qualquer atitude de priorização.
Tantos irmãos ministros de música têm se gastado em prol de objetivos tão vazios que fica nítido que ali faltou formação e consequentemente prioridades. Tantos ministros de música têm feito de seus CDs, composições e shows seu maior tesouro e marca registrada. Tantos “ministérios” têm usado com má fé a imagem da RCC e também da Igreja de Cristo com objetivos egoístas de crescimento próprio e até mesmo de enriquecimento material. O Grupo de Oração deixou de ser prioridade na vida de muitos irmãos chamados ao Ministério de Música. Muitos ministérios nascem com o total apoio operacional, financeiro, formacional e principalmente espiritual de um Grupo de Oração e consequentemente da Renovação Carismática Católica, pois não há como falar de Grupo de Oração sem falar de RCC, ainda mais que não existe RCC sem Grupo de Oração! E depois de nascerem com total apoio da RCC, através de sua célula mais viva e importante que é o Grupo de Oração, estes ministérios simplesmente debandam e renegam todas as raízes, deixando os grupos sedentos e sem música. Uma das faces mais chamativas da RCC é sem dúvidas a música. Arrisco-me a dizer que a música tem sido uma face de queda para muitos grupos também, devido a atitude mesquinha e egoísta de alguns irmãos que não aprenderam o básico: a traçar suas prioridades.
Qual seria a prioridade de um músico, que serve a Deus dentro de um Grupo de Oração? A resposta é: a prioridade do músico deve ser o Grupo de Oração e tudo que o cerca, como: vida de oração, Eucaristia, obediência e amor à Santa Mão Igreja Católica Apostólica Romana, vivência sacramental, amor à Palavra e Deus e por aí vai. Se um servo de Deus não vive sobre estes pilares, ou seja, se ele vive fora do grupo de oração, sinceramente este servo não pode dizer ou usufruir da imagem da RCC pois isso seria agir de má fé. É muito fácil um ministério de música crescer dentro de um grupo de oração e depois, simplesmente abandonar tal grupo sem antes ter formado pessoas para os substituírem. Os músicos se vão e com eles se vai parte da “vitrine” de um grupo de oração que é a musicalidade inspirada pelo Espírito Santo. Não estou afirmando que um grupo de oração irá acabar se não tiver música. Um grupo só acaba se Deus assim o quiser. Porém os ministérios de música que têm “crescido” e abandonado os grupos de oração nem sempre o fazem por vontade de Deus, pois o Senhor não descobre um santo pra cobrir outro. O que tem acontecido com frequência é a total falta de prioridade que leva a uma maior falta ainda de comprometimento por parte destes ministros, que colocam tantas outras coisas e situações na frente dos planos de Deus e que acabam se perdendo por completo. Vejo muitos ministérios gravando seus CDs, evangelizando fora de suas dioceses, alçando voos cada vez mais altos, porém nem todos sabem lidar com isso. Tudo isso é importante e deve ser buscado e priorizado pelo ministério de música, porém em seu devido lugar: sempre atrás dos planos de Deus e nunca na frente! E o maior plano de Deus para a RCC é que os Grupos de Oração tornem-se local de um novo e perene Pentecostes em cada uma das reuniões de oração! E o Ministério de Música é parte integrante disso! Se a prioridade do ministro de música não for ser um instrumento poderoso nas mãos de Deus, então as prioridades precisam ser revisadas com certeza. Tantos ministros de música tornaram-se meros músicos e nem têm mais frequentado seus grupos de oração com o pretexto de que têm tido muitas missões. Missões em nome de quem? Enviadas por quem? Como alguém que não comunga da espiritualidade da RCC pode sair por aí falando em nome da RCC? A isso dá-se o nome de desobediência.
Portanto, amigos ministros de música, está na hora de assumirmos nosso posto de escolhidos de Deus e deixarmos de inventar pretextos para fugir dos planos deste mesmo Deus. Chega de vivermos à margem daquilo que nos ensina a RCC. Chega de priorizarmos tantas outras coisas fora do plano de Deus para nós. Chega de imitarmos tantos músicos que se dizem de Deus e em nome desta falsa evangelização passam meses sem a Santa Eucaristia, semanas e mais semanas mergulhados em turnês onde o único objetivo é mostrar suas técnicas. A técnica sozinha não salva ninguém. O que salva é a comunhão divina entre técnica e unção. Isso sim transforma o músico em Ministro de Deus, apto a evangelizar não com seu som, mais com sua vida! Por isso sonhe bastante em seu ministério, mais antes permita que os sonhos de Deus sejam sonhados também por vocês. E o sonho de Deus é que o Espírito Santo se espalhe por todo o mundo fazendo com que Jesus Cristo seja amado, adorado e conhecido! Não se deixe enganar! Volte para seu grupo de oração enquanto há tempo!

Paz e bem!

Alan Cota.
Conselheiro Arquidiocesano da RCC de Vitória-ES
Padrinho do Ministério de Música Arquidiocesano.

ENCERRAMENTO DA SEMANA DA JUVENTUDE NA PARÓQUIA SANTA JOANA D´ARC E INSCRIÇÕES DO XI RETIRO DA ORE


Olá queridos e queridas!
Ontem, dia 24 de outubro, encerrou a Semana da Juventude da Paróquia Santa Joana Dárc, onde os jovens vivenciaram momentos maravilhosos proporcionados pela COPAJU - Coordenação Paroquial de Juventude.
Os jovens tiveram palestras, adoração louvor, show, debate, dentro outros acontecimentos.
O encerramento de seu com uma Missa campal na Praça da Telemar, com o trio elétrico Som Bahia. E o ministério ORE esteva à frente dos canticos da missa que foi uma benção. Confira nas fotos no link abaixo:


No mesmo dia, após a Santa Missa, ocorreram as incrições do XI Retiro ORE, ano 2011.
A fila estava enorme, eram inúmeros jovens das paróquias de Santa Joana, São Paulo e Perpétuo Socorro, que foram garantir a sua vaga no Retiro.
Confira no link abaixo a foto dos jovens presente na fila e do ato das inscrições:
CLIQUE AQUI!!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

É MÚSICA OU INSULTO! Por Padre Fábio de Melo



Eu ando meio inconformado com algumas coisas. É que a modernidade tem trazido mudanças para o comportamento humano que eu creio merecer reflexão. Veja bem você, que uma das principais delas está muito ligada ao mundo da linguagem. Prova disso é o fato de seus pais não entenderem grande parte das expressões que são cotidianas e corriqueiras pra você.
Em outros tempos, quando os poetas e compositores queriam enaltecer as virtudes femininas eles cantavam assim: “Tu és divina e graciosa, estátua majestosa, do amor por Deus esculturada”.
Bela forma de se fazer um elogio a uma mulher, não é mesmo? Pois bem, nos dias de hoje as coisas andam mudadas. Para se falar das mulheres, os compositores que ganham a mídia estão recorrendo ao mundo animal. Cachorra foi o termo que prevaleceu no ano passado. E agora, neste ano viraram éguas. Isto mesmo. Esta é a metáfora que se canta e que se escuta por aí.
Vale a pena pensar!
Eu não sei o que você pensa sobre isso, mas gostaria que você me desse um minuto para eu tentar lhe dizer um pouco do quanto eu tenho ficado indignado com tudo isso. É que na verdade, este lixo musical, que andam vomitando em nossos ouvidos, acaba se configurando como uma afronta ao nosso bom gosto.
Não importa qual seja o seu gosto musical, não se trata disso, mas sim da intenção que esse produto tem ao ser entregue para o consumo.
Numa época em que as mulheres comemoram tantas vitórias, nascidas de corajosas lutas contras as estruturas machistas em que o mundo está solidificado, aparece esta contra-cultura que insiste em banalizar a dignidade humana feminina, comparando-a e rebaixando-a a condição de um animal irracional. É a declarada objetificação do corpo, que reduz a mulher a um bichinho de estimação que está sempre disposto a satisfazer as vontades de seus donos.
Eu não sei o que deveria envergonhar-nos mais, o compositor que oferece-nos considerável pérola, ou o consumidor que prestigia tal iniciativa.
Eu sei que você está absorvido pelas novidades desse tempo. E é bom que esteja. Existem muitas riquezas por aí, mas eu creio que valeria à pena você ficar de olhos bem abertos quando você notar que a cultura oferecida a você estiver subestimando a sua inteligência, ou desconsiderando o seu valor como ser humano.
Ninguém merece ser chamado assim! Não é possível que você seja capaz de trocar os versos com que comecei esta conversa, por estas expressões chulas, tais como: “Minha cadelinha ou minha eguinha pocotó!”.
O que queremos é beleza!
Creio que valeria à pena pensar o por quê deste estilo musical crescer tanto nos dias de hoje. Será que perdemos o referencial do bom gosto e do bom senso? Não podemos negar: o Brasil produz a melhor música do mundo, mas também produz a pior. Os grandes compositores e intérpretes ainda amargam o dissabor de não terem espaço na mídia e de não serem tocados nas rádios. A conseqüência disto é o processo de total desconhecimento de uma fina produção musical que o Brasil tem e que jamais poderá conhecer. Basta andar por este país e verão as riquezas regionais que jamais ganharam espaço no cenário nacional. Quem sai perdendo é a cultura, é a sensibilidade humana que deixa de provar belezas raras que nunca serão descobertas porque estão massacradas pelo poder das patas das éguas e pelos latidos das cachorras.
Mas você pode ajudar a mudar este quadro. Esta péssima produção musical cresce justamente porque existem milhões de consumidores ávidos por este tipo de contra cultura. Não comprar, não ouvir e não divulgar é uma forma de exigir respeito à nossa inteligência e ao nosso desejo sincero de beleza.
Você merece respeito. É só exigir!

pe. Fábio de Melo, scj
Cantor, compositor e escritor
www.fabiodemelo.com.br

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O PODER DA MÚSICA! Por Frei Jonas, vocalista do Ministério ORE

"O transformar-se em música da Palavra é por um lado encarnação, um atrair a si forças pré-racionais e metarracionais, que se tornam também sensíveis; o atrair a si o som escondido da criação, o descobrir o canto que repousa no fundo das coisas. Mas assim este mesmo transformar-se em música é já também tornar-se movimento: não é só encarnação da Palavra, mas ao mesmo tempo, espiritualização da carne. A madeira e o metal tornam-se som, o inconsciente e o indistinto tornam-se sonoridade harmoniosa, repleta de significado" (Ratzinger J., Cantate al Signore un canto nuovo, Jaca Book 1996, p.148).
É com estas palavras de Sua Santidade Papa Bento XVI, que inicio meu primeiro artigo para este blog. Na realidade sempre quis escrever, mas ainda não tinha me colocado em oração para que isso acontecesse e fossem palavras de edificação para a vida do ministeriados de música.
O trabalho de um músico se assemelha muito ao de um escultor que transforma a pedra bruta em peça de beleza grandioso, percebível pelos olhos carnais e pelos olhos espirituais. A música tem este mesmo processo onde a letra, em forma de texto, passa por um processo de ajustamento tanto na escrita (gramática), como na forma apresentacional, esteticamente ou sonoricamente falando.
É um processo onde as mãos e razão humanas são insuficientes, pois o homem constrói o palpável que na maioria das vezes absorve o próprio palpável e o batível; quando se tratam de atingir esferas extra-corpóreas, dimensões além humanas, que ultrapassam o pensar, que por mais que se esforce para ultrapassar não se é conseguido. Aí é que entra a ação de Deus que coloca a sua destra sobre a mão humana, num envolvimento que se faz um processo de união e nesta hora o homem se faz co-criador também, pois o resultado final é um produto que surge das mãos do homem, mas, enraizado no coração chagado de Jesus Cristo.
A música é a mais alta compreensão do que é o homem e seu papel fundamental no meio da humanidade. É deixar que Deus passeie com leveza numa vida que é e não é parte de sua constituição.
Musicar a vida é querer aliviar vida, pois transporta minúsculos ao grandioso universo do prazer total, onde as dores passam a não ser e o ser passa a existir a na sua maior potência; a vida se refaz e as forças tornam seu vigor inicial e apartir de então se passa a crer que se pode ser feliz e acima de tudo: ser de Deus!!!
Por Frei Jonas Dias, vocalista da banda ore.

sábado, 16 de outubro de 2010

O MÚSICO É CHAMADO A MOVIMENTAR A IGREJA! Por Eliana Ribeiro

Acreditamos que a palavra que transforma o coração pode produzir em cada pessoa uma melodia diferente. A intensidade da melodia é o coração que determina; o timbre é o coração que oferece. Harmonizando tudo isso, teremos uma canção de Salomão, uma canção de subida aos Céus.




Eliana, ministra de música da Canção Nova

Leia este pequeno fragmento do Salmo127, deixando o seu coração cantar por meio dele:

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guarda a cidade, debalde vigiam as sentinelas. Inútil é levantar-vos antes da aurora, e atrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono" (SI 127,1-2)

É Deus quem constrói a casa. É Ele quem edifica a Igreja, os movimentos e o seu ministério. Contudo, queremos nos deter na ferramenta usada pelo Senhor para construir Sua obra.

No Antigo Testamento, Deus escrevia suas leis em tábuas. Porém, com a vinda do novo Adão, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Todo-poderoso passou a escrever Suas leis em tábuas de carne, isto é, em nosso coração. A tinta usada por Ele é o Sangue de Cristo, e o pincel (ou seja, a ferramenta) é o próprio Espírito Santo. Sendo assim, podemos dizer que sem o Espírito Santo toda construção estaciona, por mais que o homem humanamente esteja correndo.

O músico é chamado a movimentar a Igreja, mas só conseguirá fazê-lo se estiver vivendo sob o movimento do dedo de Deus, ou seja, sob a ação do Espírito Santo. Deus usa o dedo do Espírito Santo para movimentar o coração do homem que, humildemente, se prostra, esperando, em primeiro lugar, amar e ser amado pelo construtor.

Tocar as notas de uma construção melódica já não é o mais importante. Nessa peça ou construção musical, o mais importante é estar com Deus, escutando o Músico dos músicos tocar, e assim, seguindo a partitura que o próprio Deus construiu, saber o momento de tocar e como tocar. Nessa obra, o essencial é silenciar o coração. É necessário muita atenção para não nos perdemos na grande partitura da vida.

Santo Agostinho nos ensina que o Espírito Santo é a "Alma da Igreja", e o que faz no corpo do homem, o Espírito Santo faz no corpo da Igreja. No Vaticano II foi salientado que o amor que se tem pela Igreja é diretamente proporcional ao amor que se tem pelo Espírito Santo, pois Ele é a alma da Igreja.

Daí, podemos explicar a negligência dos músicos para com a Igreja, isto é, esses músicos não possuem experiência com o Espírito Santo, consequentemente não amam seu ministério, através do qual participam do Corpo místico de Cristo, que é a Igreja. De fato, podemos dizer que nossa parte na construção da obra se encontra basicamente em viver sob o fogo do Espírito Santo.

O músico precisa pedir a efusão do Espírito Santo diariamente, para que o amor pela obra não se acabe. Devemos ser apaixonados pelo Espírito Santo e, consequentemente, apaixonados pela Igreja.

domingo, 10 de outubro de 2010

MÚSICOS PESCADORES DE HOMENS! Por sérgio Dias.

Uma grande verdade para ser anunciada e relembrada pelos evangelizadores das músicas, é que todo dom nos é dado para que possamos colocar a disposição dos mais necessitados; Precisamos ser pescadores de almas, precisamos pegar nosso barco e ousar o mar.

Sabemos com clareza as dificuldades encontradas pelos pescadores em alto mar, pois as estruturas não são grandiosas, mas tantas vezes sabemos que os pescadores utilizam barcos pequenos, algo simples barcos que em contato com as fortes ondas assustam, desperta medo para qualquer um que não está acostumado com a constância e praticas diárias do trabalho.

Não nascemos prontos, tão mesmos incapazes de nos superar como pessoas, mas precisamos aprender a dar-mos nomes às coisas que muitas vezes nos vencem e nos fazem impotentes ante a vergonha de assumirmos que tantas vezes deixamos de optar por Deus em busca de ostentação das nossas vontades. Deus é escolha diária, precisa ser opção de vida autentica.

Onde está para tantos a lógica social de Simão que como um simples pescador foi escolhido e depois confiado a missão de ser Pedra Angular; Chefe das da Igreja de Cristo, coluna da evangelização e mártir para as novas gerações.

Músicos onde está à simples via a vos confiado de ser filho de Deus, santo ante uma sociedade e um povo incrédulo, podre em valores formais e desumanos. Onde está aquele que gera sua missão e o capacita a acordar a cada manhã, onde está o Cristo que se renova diariamente no mistério do altar e o capacita de forma divina a evangelizar.

Músicos como é a forma inicial que o motiva a cantar? Onde correr o autentico desejo de alavancar uma nova evangelização, onde e quando será o momento de se encontrar...

Coragem, seja forte tome seu barco e se lance aos mais profundos desafios, busque o alto mar; O tempo da pesca com vara já passou, é tempo de rede, de irmos ao encontro dos peixes, é tempo de pularmos em direção, não seja infeliz em não ousar, ide... Vamos diariamente pescar, liberte das prisões que o empobrece e o censura ante a via da vergonha de proclamar Cristo fora dos palcos e das inúmeras tiragens vendidas, coragem para acorda, coragem para enxergar a necessidade que aperta, sufoca e muito nesses dias tem exterminado tantos filhos sofridos, coragem para alcançar aqueles que precisam vivenciar o Amor como fonte e sustendo para perfeita alegria, coragem para encarar você quando por vergonha não quiser evangelizar, coragem por ser homem e em cada instante não ter medo de proclamar...

Músicos coragem para não apenas simplesmente tocar.
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

LIDANDO COM AS DIVISÕES NO MINISTÉRIO DE MÚSICA!

DAIANNE DUARTE

Aprendemos com o padre Jonas Abib que somos um só corpo. Se adentrarmos o contexto no qual está inserida a realidade de um corpo, poderemos concluir que um corpo saudável precisa ter seus órgãos, membros, corrente sangüínea, coração, ondas cerebrais, tudo funcionando em um nível mínimo de harmonia, suficiente para que ele sobreviva e se sinta saudável.
Assim, podemos dizer, é o nosso ministério de música. Nele temos a cabeça, os outros membros, órgãos vitais, partes internas que nunca aparecem ou são expostas, enfim, cada um tem a sua função e formas bem definidas.


Quando alguma coisa não funciona bem neste "corpo" ou quando algo está fora do lugar, nós abrimos brechas que podem trazer sérios problemas para a saúde do nosso ministério.

Quando sentimos alguma dor, é necessário parar o que estamos fazendo, ir ao médico e verificar as causas da dor. Isto fará com que tenhamos o diagnóstico e, em seguida a receita certa para combatermos a doença e, conseqüentemente, seremos aliviados de toda dor.

Aqui é preciso esclarecer algo muito importante: o nosso ministério não pode ser rico em divergências, senão ele será um corpo doente, onde por alguma razão os órgãos não funcionam como deveriam, onde um problema segue outros secundários. O nosso "corpo" é por si só rico em diversidades. Como dissemos, cada órgão, parte, membro, tem sua forma e função específica, e por isso, são diferentes.

As diferenças são riquezas e não barreiras. Partindo delas, encontraremos o melhor caminho para a unidade. Respeitando quem pensa diferente, acolhendo quem tem a coragem de questionar e, em conjunto discernir, com muita oração, o melhor caminho. Se isso acontecer, não daremos lugar à divisão, mas valorizaremos a nossa diversidade.

Somos um corpo. Dentro de um corpo não pode haver divisões, pois a nossa divisão vem do diabo e a nossa diversidade vem de Deus!

A harmonia no corpo é obra do Espírito Santo de Deus! Por isso, precisamos estar cheios do Espírito Santo.

Que o Espírito Santo ilumine e abençoe o seu ministério!
Unidos pela missão!

Márcio Todeschini
Ministério de música Canção Nova (Página enviada por DAIANNE DUARTE que participou deste ministério e hoje é uma missionária na Comunidade Recado. Deus abençoe sua missão!!)

A VIDA DE ADORAÇÃO!


NÃO É SÓ ESTUDO, É INTIMIDADE
Para chegarmos a ser adoradores devemos primeiro conhecer a Deus. É desejo de Deus que sejamos verdadeiros adoradores e o Espírito nos revela quem é Deus. O conhecer a Deus não se baseia somente em estudos. O estudo, mesmo que aprofundado intelectualmente é superficial se o Espírito não revela. Não existe conhecimento verdadeiro sem adoração. Todo crescimento intelectual que podemos receber não se compara com o revelar do Espírito em nossos corações. Este conhecer a Deus através do Espírito e a comunhão íntima com Deus constituem a adoração.

ESTUDANDO COM UNÇÃO
Quando começamos a buscar na bíblia, catecismos, com unção e ensinamentos do Espírito sobre conhecer a Deus, o próprio Espírito se encarrega de nos revelar a Deus. Podemos nos deparar com pessoas de pouca cultura e recursos humanos, mas que estão na presença de Deus em adoração e, portanto são mais sábios que vários estudiosos. Deus esconde dos sábios e estudiosos e revela aos pequeninos. (Lc 10,21b)

RELACIONAMENTO COM DEUS APROFUNDADO
Cada vez que o Espírito nos revela algo de Deus nossas vidas devem ser transformadas e principalmente nosso relacionamento com Deus deve ser aprofundado. Mas o próprio Senhor nos leva a contemplar tudo, gerando vida em nosso espírito, transformando informações em poder enquanto estamos em comunhão com Deus em adoração. Nós por outro lado apresentamos a Deus nossa total admiração e humilhação pelo o que vimos e recebemos do Espírito pela revelação espiritual. A adoração é a única reação possível diante da glória e do poder de Deus.

FRUTOS DA ADORAÇÃO
A adoração traz aperfeiçoamento espiritual para o adorador porque recebe uma porção maior da presença do Espírito para inundar todas as áreas da vida, trazendo mais santidade. A vida de adoração traz vários benefícios espirituais para as nossas vidas. A vida de adoração fortalece a fé, nos ajuda a andar no Espírito, corrige nosso sistema de valor, nos leva a cumprir o propósito de nossa existência “… redenção do povo que Ele adquiriu para o seu louvor e glória” (Ef 1, 14), e somos transformados de glória em glória (II Cor 3, 18), liberta o homem de se fechar em si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo (CIC. 2097) e Deus investe nos adoradores concedendo-lhes a unção.

ADORAÇÃO X MENTIRA
A adoração para Deus tem que ser fluída pelo Espírito. Não existe adoração da boca pra fora. Deus não aceita uma adoração que não venha do próprio Espírito (Lv 10, 1-2). Não há como enganar a Deus. Ele conhece nossos corações e nossas intenções. Em Am 5, 22-23 diz que o louvor se torna um barulho insuportável quando não buscamos a comunhão com Deus, agradar a Deus. Muito mais que o louvor de nossos lábios Deus quer que vivamos a verdade. O Senhor deseja que nos reconciliemos com Ele antes de O servir ou até mesmo de adorá-Lo. Não existe adoração com lábios impuros ou corações endurecidos. Isto não quer dizer que devemos ser santos para achegarmos a Ele, mas reconhecer que precisamos Dele para a nossa santificação.

PROFUNDIDADE NA ADORAÇÃO
A adoração não pode jamais depender de fatores externos como pessoas, instrumentos musicais… Podemos até usar de alguns destes fatores, mas tudo isto fica na dimensão externa como um suporte físico. Quando chegamos a um nível mais profundo de adoração nenhum fator externo tem mais valor. A base de nossa adoração tem que ser sempre Jesus. Só entramos na presença de Deus por meio do Sangue de Jesus que nos deu acesso ao Trono da Graça.

O pecador liberto por Jesus se vê diante de Deus como uma nova criatura não consegue fazer outra coisa senão adorá-lo. O lugar, o que está em nossa volta deixa de existir e entramos na dimensão da adoração onde somos totalmente tomados pela glória de Deus.

A glória de Deus é tão imensa que os nossos corações são muito pequenos para reconhecer perfeitamente o que dela contemplamos. Somos ainda menos capazes de expressar essa glória com palavras, mas adoramos em espírito e por isso a nossa adoração consiste em sentimentos espirituais que junto com as palavras e a verdade chegam ao coração de Deus. Como pode ser possível contemplar a obra de Jesus, o amor do Pai e a presença do Espírito Santo sem se deixar ser consumido em adoração?

Nádia Taboas é membro da Renovação Carismática Católica Latina de Massachusetts (EUA)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A CANÇÃO QUE SEPARA! Por Padre Zezinho


Davi tocava harpa. Os salmistas sabiam do poder da canção como louvor e como protesto político. Os salmos estão cheios de teor político. Davi chegava a escalar pessoalmente os cantores do templo, tamanha a importância que dava à canção que era político-religiosa. Leia bem os salmos e verá porque se cantava!
Nero compunha e cantava. Hitler a usou para sua propaganda nazista. Os reis queriam hinos e canções nos seus palácios, mas chegavam a degolar os cantores que os criticassem. Generais apóiam hinos de batalha. Bandas, orquestras, quartetos, corais, concertos, celebrações litúrgicas... Em tudo a canção aparece para divulgar, mentalizar, organizar, motivar, convencer e recrutar.
Nem sempre ela suscita bons sentimentos. Encanta e chama, mas pode semear ódio e divisão. Conscientiza ou aliena. Depende do pregador, do cantor, do político e das suas intenções ao usá-la. As religiões investem pesadamente na canção: católicos, evangélicos, judeus, muçulmanos, monges, autoridades, povo. Canta-se por toda a parte: salas, igrejas, metrôs, estádios, ruas e praças. Música bem tocada chama o povo, abre espaço para a pregação que vem mais tarde. Cantam os da Teologia da Libertação, cantam os da Renovação e os cantos revelam sua maneira de pensar a fé e a vida.
De tal forma, a canção marca o inconsciente que um tem dificuldade de cantar a canção do outro. Conservadores, progressistas, moderados, saudosistas, ecumênicos, proselitistas, todos têm seu jeito de cantar. Entra nos seus templos ou reuniões, a canção que se afina com seus pregadores. Raramente cantam as de outra linha. Vendem seus discos, suas canções e mostram desconhecer totalmente o que os outros andam cantando.
É que a música chama, mas nem sempre congrega. Não espere que cristãos de uma linha cantem com facilidade as canções da outra linha. É cada um cantando seu canto, lá no seu canto. Existem as exceções, mas exceções permanecem. Em geral, é uns cantando de cá e outros cantando de lá. Nem todo o cantor é fraterno ou ecumênico. Existe aquele que, se puder ocupar o espaço do outro, ocupa. Há quem veja sua canção como do céu e a dos outros como profanas demais! Algumas igrejas ou grupos chegam a proibir terminantemente os seus fiéis de irem no show daqueles outros católicos ou evangélicos... A isso chegamos!
Para o amor e para a guerra, para o bem e para o mal, feita por vozes e/ou instrumentos, ela também é instrumento e porta-voz. Feliz de quem não se deixa enganar por ela, porque gente com idéias ultrapassadas, ou com projetos de violência ou dominação, pode tocar música encantadora e envolvente. O Terceiro Reich de Hitler era entremeado de canções. Sua música bonita abafava o barulho dos seus canhões. Não é porque um grupo toca e canta bonito que seu projeto é bonito! Os aviões também são bonitos e fazem flutuar, mas alguns deles carregam bombas...
Se há quem use da oração para pedir a morte do inimigo, há quem use da canção com o mesmo objetivo. Saibamos usá-la. Mal utilizada pode prejudicar um povo e uma Igreja! Em resumo: ouça com critério. Você não varia as suas refeições? Então ouça as músicas dos outros cristãos. Deus anda soprando e dizendo muita coisa boa do lado de lá... Não fique só na música da sua Igreja e do seu movimento. Deus também grava em outras gravadoras...

Pe. Zezinho, scj (pezscj@uol.com.br)
www.padrezezinhoscj.com - Taubaté-SP

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ROGAI POR NÓS SÃO FRANCISCO DE ASSIS!




São Francisco nasceu em 1181/1182 em Assis na Itália, foi batizado com o nome de Giovanni di Pietri, mas seu nome foi mudado pouco tempo depois para Francisco, pois seu pai Petri di Bernardone era comerciante e viajava muito a França, mudou o nome do filho em homenagem ao local que fazia bons negócios.

Em 1198 acontece um conflito em Assis, entre a nobreza e os comerciantes. Os nobres se refugiam em Perusa uma pequena cidade próxima de Assis, onde São Francisco ficou preso por um ano até o ano de 1204. Em Perusa também estava a família de Clara.

Ao voltar para Assis, São Francisco doente começa sua conversão gradual, se dedica a dar esmolas e oferece até suas roupas aos pobres, tem visões e começa a desprezar o dinheiro e as coisas mundanas. Até que ele se encontra com um leproso, lhe dá esmola e um beijo, e este acontecimento marcou tanto a vida dele que, dos muitos fatos ocorridos em sua vida, este foi o primeiro que entrou em seu Testamento, "pois o que antes era amargo se converteu em doçura da alma e do corpo".

Outros encontros afirmaram ainda mais a vocação de São Francisco, nas ruínas da da igraja São Damião recebeu do crucificado o mandato de restaurar a Igreja. Obediente ao mandato, São Francisco pôs-se logo a trabalhar. Reconstruiu três pequenas igrejas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro.

Seu pai, envergonhado do novo gênero de vida adotado por Francisco, queixou-se ao bispo de Assis da prodigalidade do filho e, diante do prelado, pediu a Francisco que lhe devolvesse o dinheiro gasto com os pobres. A resposta foi a renúncia à vultosa herança: despindo, ali, suas vestes, Francisco exclamou: "... doravante não direi mais pai Bernardone, mas Pai nosso que estás no céu..."

A partir desse momento passa a viver na pobreza, e inicia a ordem franciscana, cresce o número de companheiros, 1209 já são 12. Cria uma regra muito breve e singela, que o papa Inocêncio III aprova em 1210, e cujas diretrizes principais eram pobreza e humildade, surge assim a Fraternidade dos Irmãos Menores, a Primeira Ordem.

No Domingo de Ramos de 1212, uma nobre senhora, chamada Clara de Favarone, foi procurar Francisco para abraçar a vida de pobreza. Alguns dias depois, Inês, sua irmã, segue-lhe o caminho. Surge a Fraternidade das Pobres Damas, a Segunda Ordem. Aqueles que eram casados ou tinham suas ocupações no mundo e não podiam ser frades ou irmãs religiosas, mas queriam seguir os ideais de Francisco, não ficaram na mão: por volta de 1220, Francisco deu início à Ordem Terceira Secular para homens e mulheres, casados ou não, que continuavam em suas atividades na sociedade, vivendo o Evangelho.

A Ordem Francisca cresceu com o passar dos anos. Em 1219 houve uma grande expansão para a Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos e França. Neste mesmo ano São Francisco vai em missão para o Oriente. Durante sua ausência, vigários modificam algumas regras da Ordem e no mesmo ano de 1219 São Francisco se demite da direção da Ordem.

Com o crescimento da Ordem, quase 5.000 frades em 1221, uma nova regra foi escrita por São Francisco em 29 de novembro de 1223 que foi aprovada pelo papa Honório. É a que vigora até hoje.

Em 1224 no dia 17 de setembro São Francisco recebeu as chagas de Jesus crucificado em seu próprio corpo, este fato ocorreu no Monte Alverne, um dos eremitérios dos frades.

Os últimos escritos de São Francisco são entre 1225 e 1226, dentre eles o Cântico das Criaturas e o Testamento. Nestes mesmos dois anos, Francisco vai a vários lugares da Itália para tratar de suas vistas. Passa por diversas cirurgias. Morre aos 03 de outubro de 1226, num sábado.

Morreu nu aquele que começou a vida de conversão nu na praça de Assis diante do bispo, do pai e amigos. Morreu ouvindo o Evangelho de João, onde se narra a Páscoa do Senhor, aquele que recebeu os primeiros companheiros após ouvir o Evangelho do envio dos apóstolos. Foi sepultado no dia 04 de outubro de 1226, Domingo, na Igreja de São Jorge, na cidade de Assis.

São Francisco de Assis foi canonizado em 1228 por Gregório IX e seu dia é comemorado em 04 de outubro.

Em 25 de maio de 1230 os ossos de São Francisco foram levados da Igreja de São Jorge para a nova Basílica construída para ele, a Basílica de São Francisco, hoje aos cuidados dos Frades Menores Conventuais. 
HOJE É O DIA DA FESTA EM HONRA A SÃO FRANCISCO! VIVA O SANTO!!!

sábado, 2 de outubro de 2010

VOCÊ SÓ OUVE E CANTA MÚSICA CATÓLICA?!?! Por Rafael de Angeli


Hoje, a maioria dos meus amigos, quando entram em meu carro ou quando vão em casa, já se acostumaram com as músicas que escuto e que canto... Quase que 90% das vezes eu ouço música católica! Sem contar com o pessoal do meu ministério de música (Canal da Graça), que também faz a mesma coisa (risos).
Algumas pessoas (até alguns dos meus familiares), às vezes me perguntam se eu não canso de ouvir músicas que falam de Jesus, de Maria, dos Anjos, etc... Neste artigo vou explicar o poder da música nas nossas vidas.
A Bíblia nos mostra, em Atos 16, 14-34, que Paulo e Silas haviam ido à cidade de Filipos para pregar a Boa Nova do Senhor, e, durante a missão, após terem expulsado o demônio que levava uma mulher a adivinhar, foram entregues às autoridades, que mandaram açoitá-los e prendê-los no mais úmido e escuro cárcere. Os apóstolos estavam com o corpo coberto de chagas, escoriações, e ainda por cima com os pés presos ao cepo.
O mais interessante ocorre quando “pela meia noite, Paulo e Silas rezavam e CANTAVAM um hino a Deus, e os prisioneiros o escutavam. Subitamente, sentiu-se um terremoto tão grande que se abalaram até os fundamentos do cárcere. Abriram-se logo todas as portas e soltaram as algemas de todos”.
Amigos, músicos de Deus, vejam que exemplo de atitude de um servo, mesmo surrados, açoitados, com chagas, e com o corpo todo moído, louvavam ao Senhor... Foi através do canto, que revestido do Espírito Santo, abalou até os fundamentos do cárcere e libertou todos os prisioneiros daquele lugar!
O músico deve ter esta consciência: independente da dificuldade com a qual se encontra, tem que ter ao menos uma noção da responsabilidade de tocar uma música revestida do alto, revestida pelo Santo Espírito de Deus.
Quantas pessoas são algemadas pelo pecado, pelos vícios, pela escravidão do mundo, levando-as à morte?
O canto, quando revestido pelo Espírito de Deus, é capaz de libertar os homens de qualquer prisão, de qualquer opressão que os assola.
O mais interessante desta passagem é quando a palavra diz que até os fundamentos do cárcere foram abalados. O Canto do Espírito Santo não pára por aí... Quando a música do Senhor é cantada, até os fundamentos do inferno são abalados! Pessoas são curadas, libertadas e o inferno é abalado!
Pense nisso!
Jesus abençoe!

APRENDENDO A SER ARTISTA. Por Padre Joãozinho


Artista que é artista se apresenta diante de 3 pessoas ou de 3 mil...

Ouça com o ouvido e com o coração. A Palavra de Deus, mais do que compreendida, deve ser digerida, pois nem tudo entenderemos. Nem o próprio Jesus sabe o dia que Ele virá, mas só o Pai. E este dia nos traz uma verdadeira expectativa. Ele está chegando, devemos esperar com ânimo, com arte.
Eu sou um padre artista, sempre fiz "arte" desde criança. Artista não escolhe ser artista, ele nasce. Ser artista é uma sina, não é escolha. Todo artista é um relâmpago. Você é o relâmpago de Deus com 10% de inspiração e 90% de transpiração.
Vendo as pessoas encenando tudo igual e perfeito, vi que foi puro suor e trabalho. Precisamos ter o Espírito, mas também transpirar, praticar a arte de ser cristão. O artista é esse relâmpago de que nos falava a palavra de Deus. Ele não é uma hidrelétrica, pois quem é, é a Igreja. Ela é luz para o mundo, por essa luz ela ilumina o mundo.
Tem gente que deixa a sua arte relâmpago causar morte. Não come, só vive para a arte. Já vi muitos artistas com o poder de tal arte destruir um ministério. Eu sempre disse para os ministérios que eu acompanhei: "Deus tem um plano bem maior para você, que vai além da fantasia. Há a realidade".
Dois relâmpagos não se cruzam. Assim acontece com os artistas. Muitos, quando se encontram, saem faísca. No teatro, existe uma expressão que é tida como boa intenção: "dar a vez". Há muito artista que quer tomar o lugar de Jesus, mas o que importa é que "Ele cresça e eu diminua" (cf. Jo 3,30). Fique feliz se num momento você for esquecido, mas Deus for louvado.
O artista verdadeiro é aquele que não busca migalhas de palmas. Artista que é artista se apresenta diante de 3 pessoas ou de 3 mil. Não faz diferença diante de você a quantidade de público. O artista não depende do salário afetivo que recebe. O artista vive o mistério da solidão da clausura.
O momento de se preparar para apresentar é um momento de solidão acompanhada por Deus. Artista que não reza antes, apresenta o seu querer e não o de Deus. Você é o palco de Deus e, por isso, sua inspiração, muitas vezes, toma conta de você.
A inspiração tem, muitas vezes, começo, meio e fim, mas depois precisa ser trabalhada na transpiração. A arte é ecumênica.
Todo artista passa por um tempo de des-inspiração. Nessas horas, faça o que Maria disse: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (cf. Jo 2,5). Vai rezar.

Um dia, teremos pessoas com arte nova, sem mediocridade, que sabe dar de si porque não se pertencem. Relâmpagos de Deus que vão clarear o mundo com nossa arte, que um dia se transformará em salvação.

Padre Joãozinho
Sacerdote do Sagrado Coração de Jesus 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O QUE É MINISTÉRIO DE MÚSICA?



O Ministério de Música é um instrumento de Deus posto a serviço da comunidade para atrair os homens.
Seu principal propósito é administrar o Amor, a Palavra e o Espírito de Deus ao seu povo. Com a música e o canto se pode evangelizar, ensinar, inspirar, alentar, profetizar, e é vital na adoração a Deus; por isso, o Ministério de Música deve receber uma atenção cuidadosa.
O que é o Ministério?
O Ministério da Música é, em si, a alegria das assembléias. As pessoas gostam de cantar e Deus gosta que elas cantem, porém, é algo mais que entoar um canto, por mais bonito que este seja, é ver o Espírito de Deus amando e formando o homem, transformando-o em criatura nova, moldando-o à imagem de Jesus Cristo. Com os cantos, Deus chega ao coração humano para falar-lhe e atraí-lo para Ele; Deus usa os cantos para dar consolo, esperança, gozo, amor e paz. E o homem usa o canto para dar-lhe glória, louvá-lo, para agradecer-lhe, pedir-lhe que, como Ele, outro Deus não há.
Um Ministério de Música é formado por pessoas que:
- encontram-se com Deus;
- converteram-se a Ele;
- freqüentam os sacramentos;
- conhecem a Palavra de Deus;
- dão testemunho de vida;
- vivem uma relação pessoal com Deus, na oração e com os homens na comunidade;
- formam Igreja;
- possuem inquietações musicais;
- encontram seu serviço neste Ministério.
Há, nas comunidades, muita gente que Deus chamou para este serviço, que resistem a Ele, que sabe ser por força do compromisso, logrando com isso um pobre crescimento espiritual e um sofrimento, porque não vêem, claro, não obedecem ou não entendem qual é a vontade de Deus para eles. Além disso, pelo atrativo deste Ministério, sua simplicidade e sobretudo sua projeção nos grupos de oração faz com que um grande número de pessoas se aproximem dele (em especial jovens), para expressar com cantos o que o seu coração sente.
Normalmente se apresentam duas características fundamentais naquele líder que dirige este ministério: Uma é a espiritual e a outra, a musical. Estas duas características podem se apresentar numa mesma pessoa, ainda que não seja de todo necessário, já que existem ministérios que têm dois dirigentes ou cabeças; um dirige a questão espiritual do grupo, enquanto que o outro dirige a musical.
O líder deve apresentar claramente a visão do Senhor para o grupo, seus propósitos e suas metas. O cabeça do grupo deve cuidar também dos membros de uma maneira individual, ajudar a cada pessoa a amadurecer e a ser um membro que contribua. O líder deve elevar a expectativa de todos, levá-los a um aprofundamento espiritual, ajudá-los a manter o entusiasmo no que diz respeito ao serviço do Senhor. Se o líder é profundo em sua relação pessoal com Deus, o Ministério de Música ver-se-á acrescentado em seu serviço.
A piedade, a confiança, a simplicidade e a alegria são dons que não devem faltar ao dirigente.
O líder do Ministério de Música deve buscar a ajuda e submeter-se às decisões feitas por outros líderes, o Conselho Paroquial e o sacerdote, assim como deve estar aberto às sugestões dos membros do grupo. Isto ajuda a evitar que se vanglorie e que se sinta dono de "seu ministério". Se o líder se submete a outros líderes, crescerá em humildade e serviço, e chegará à conclusão de que o que possui não é seu, mas de Deus. Aprenderá a não extinguir o Espírito, sendo instrumento dele.
O dirigente se encarregará de guiar musicalmente o grupo; escolhendo convenientemente os cantos e a música que se expresse, afetará o crescimento dos que recebem a mensagem. O dirigente fomentará o estudo musical no grupo, por meio de ensaio. A paciência é um dom indispensável para realizar este trabalho: O ministério é o reflexo de seus ensaios. Renovará apropriadamente o repertório com cantos novos inspirados pelo Espírito Santo. Não esquecerá aqueles cantos que sejam tradicionais ou formem parte vital de cada um. Partilhará novos cantos com outros Ministérios de Música.
Poder-se-ão usar todos aqueles instrumentos com os quais se louva o Senhor (Sl 150). Por outro lado, se evitarão aqueles instrumentos que desviem a atenção dos que oram.
Por mais belo que seja o som de um instrumento musical, sua principal função é e será acompanhar a voz do homem, não sobrepujá-la. Evitar que o som instrumental demasiado forte abafe as vozes. Também se deve evitar que um instrumento abafe outros.
A função dos músicos é a de reforçar o trabalho do dirigente, possibilitando a rápida aprendizagem dos cantos. Sua postura é a de refletir Deus e não distrair a atenção do assistente e as celebrações.
Entre o coral e o dirigente deve haver tal comunhão que não se precisa de muitas palavras para comunicar-se. Nada mais comovedor que a voz do cantor no templo. Esta música não é somente adorno. Quando o cantor expressa sua fé, chega à essência do culto, do louvor a Deus. Seu canto amplifica o significado das palavras e é uma apaixonada expressão de fé. O canto deve chegar ao coração de Deus. É o cantar do nosso coração ao coração de Deus.
A função do animador é a de mover e animar tanto a assembléia como o próprio grupo. Sua participação sempre alegra, ajuda a que todos louvem a Deus. É elemento fundamental de unidade no grupo.
Os técnicos se darão à tarefa de manter em ótimas condições a equipe e instrumento musicais. Estudar e analisar os lugares onde o ministério se apresentará com a finalidade de adaptar a equipe à acústica de cada lugar.

Publicado originalmente em
"Alabanza" - nº 85 - David Pimentel

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MÚSICA CATÓLICA X MÚSICA MUNDANA- A Grande Polêmica?! Por Rafael de Angeli


Sim... Antes que você pergunte, eu gosto de gerar polêmica! (risos)
Na verdade, gosto de crescer na diversidade e aprender com os mais diferentes pensamentos e ministérios de nossa amada Igreja...
Nestes últimos tempos comecei a notar que diversos músicos cristãos, católicos e evangélicos, instrumentistas e cantores, estão "trabalhando" em bares, boates, bailes e shows com outros profissionais não cristãos, executando músicas que nada tem a ver com o novo cântico daquele que, por meio de Cristo, foi denominado uma nova criatura.
Alguns dizem que são profissionais e que trabalham com a música secular (não cristã) porque o mercado de trabalho para o músico cristão, no meio religioso, é muito escasso. Isso é verdade! A profissão de músico religioso não é um mercado de trabalho aberto, ou seja, é uma profissão muito restrita, onde a relação procura e oferta é totalmente desproporcional: mais de 60 para 1.

Acontecia a mesma coisa com os israelitas, onde apenas quatro mil músicos profissionais (I Crônicas 23, 3 - 5) foram convocados para trabalhar como músicos:
"Eram 38.000 homens. Davi disse: "24.000 dentre eles serão colocados a serviço do templo do Senhor, 6.000 serão escribas e juízes, 4.000 porteiros e 4.000 para celebrarem o Senhor com os instrumentos que fiz para louvá-lo".
Se você puder ler esta palavra mais a fundo, poderá observar que entre os 38 mil levitas convocados por Davi e entre os mais de 3 milhões de hebreus que compunham a população de Israel, existiam outros milhares de músicos, que não tiveram espaço para trabalhar no templo do Senhor. Nem por isso ficaram sem trabalhar em outra profissão, nem deixaram de cantar ou tocar seus instrumentos para louvar a Deus. Assim também milhares de músicos cristãos não terão lugar para trabalhar no meio religioso, e necessariamente terão que procurar outra profissão para sobreviver.
Na música secular, por outro lado, o problema é o mesmo. De acordo com o Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo, a situação do músico profissional, que nunca foi boa, atualmente é péssima: devido ao surgimento da musica eletrônica computadorizada, dos salões de dança com música eletrônica e da proliferação dos estúdios digitais de gravação profissionais e amadores, estima-se que dos 40 mil músicos profissionais do Estado, incluindo-se os 20 mil inscritos na Ordem dos Músicos, mais de 60% já mudaram de profissão, e dos que ficaram, mais de 30% estão fazendo "bico" em outras atividades.
Charles Gounod, famoso compositor francês, autor de grandes obras como "Redenção", "Mireille", "Serenata", "Ave-Maria" e outras, foi muito feliz quando fez esta surpreendente afirmação: "a música, como arte, é a mais esplêndida de todas; como profissão, é detestável; de resto, é justo que assim seja; a Terra não pode acolher o que pertence ao Céu".
Por outro lado, justificando o fato de estarem trabalhando na noite, alguns músicos cristãos dizem que estão seguindo a orientação de Paulo (I Coríntios 9, 22 - 23), segundo a qual ele se fez de fraco a fim de ganhar os fracos:
"Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante".
Ocorre que este texto não se aplica aos não religiosos, uma vez que Paulo se referia aos cristãos fracos na fé, que não conseguiam discernir a doutrina cristã em relação aos preceitos mosaicos. Os fracos desse texto não são incrédulos, e sim, irmãos que precisavam ser fortalecidos na fé, a fim de viverem a liberdade com que Cristo os libertou. Portanto, o argumento, neste caso, não tem validade, pois do contrário, os cristãos teriam que participar do pecado para evangelizar os pecadores.
Já alguns músicos instrumentistas justificam sua atividade musical no mundo argumentando que o que eles fazem é apenas acompanhar os cantores, não tendo nenhuma participação na mensagem que transmitem. É óbvio que isso não é possível, uma vez que ao interpretar a música, o instrumentista inevitavelmente participa de toda a sua expressão. Ele se torna conivente com o cantor, com o qual estará participando ativamente na interpretação, no estilo e nas características da música. Através do seu instrumento, ele se torna integrante da obra musical, cuja mensagem, transmitida pela letra, tem como único objetivo, em quase 90% das músicas seculares, de expressar o mundanismo do "encardido", que se opõe a Deus e a tudo o que é espiritual.
Então...
Que relação poderia ter o músico cristão com a música secular (mundana)?
Músico cristão é uma profissão como qualquer outra?
Poderia o músico religioso (cantor ou instrumentista) interpretar esse tipo de música por gosto ou profissionalmente, sabendo-se que o objetivo dela é se opor a Deus e afastar as pessoas do seu reino?
Poderia o cristão obter o seu sustento trabalhando, por exemplo, numa fábrica de cigarros ou de bebidas alcoólicas, sabendo-se que tais produtos só no Brasil matam mais de 300 mil pessoas por ano? A resposta é simples: NÃO!
Você poderia até me perguntar: caso uma cantora de ópera, por exemplo, venha a se converter, deverá parar de cantar ópera? A resposta poderia ser SIM ou NÃO, dependendo das circunstâncias.
Veja que a mesma resposta serve para todos os músicos profissionais de música secular que também venham a se converter: se a cantora de ópera pudesse refazer o seu repertório, excluindo os temas "não-cristãos", como por exemplo a ópera bufa e a ópera cômica, cujos temas irreverentes são essencialmente mundanos, a resposta poderia ser SIM. E neste caso poderia até incluir no repertório óperas cristãs como a espiritual, denominada oratório, e a sacra, cujos temas são religiosos. Já no caso da música popular, será impossível, uma vez que o músico profissional desse seguimento terá que estar na área "para o que der e vier", ou seja, não poderá escolher o seu repertório, até porque, se o fizer, não encontrará emprego, já que a música secular, cujos temas são mundanos (não-cristãos), é a que mais se destaca em todos os lugares.
Levando-se em conta que a situação é delicada, o bom senso recomendaria que, mesmo precisando arranjar outra profissão, caso não haja espaço para trabalhar no meio religioso (e já se sabe que não o há), o músico profissional cristão, comprometido com o reino de Deus, não poderia se envolver com a música mundana propriamente dita, a menos que, abafando sua consciência, queira ignorar o ensino da Palavra de Deus. Caso ele venha a ser fiel e depositar a sua confiança na providência divina, as portas de trabalho vão se abrir, ainda que seja em outra profissão, porque Deus é fiel e, segundo a Bíblia, nunca se viu "o justo abandonado, nem seus filhos a mendigar o pão" (Salmo 36, 25).
Davi, neste mesmo salmo, já havia dito: "Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança. Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. Confia no Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá" (Salmo 36, 3 - 5).
No entanto, a recusa em participar da música mundana não exclui a possibilidade de o músico cristão se prover dos recursos e conhecimentos técnicos musicais contidos no celeiro da música secular, pois a Palavra de Deus (I Tessalonicenses 5, 21) nos ensina que devemos julgar todas as coisas e reter o que é bom.
Acredito que a música religiosa mundial não é menos rica que a música secular. Até porque, do contrário, os músicos cristãos não seriam tão assediados pelo setor secular, como acontece em todo o planeta.
Pense nisso!
Ahhh... Se você já passou, passa ou acha que está prestes a passar por este "problema" em seu ministério, aleluia! Somos dois! (risos) Calma e não se desespere! Leia e reflita este artigo entre vocês. Reze e espere o tempo de Deus. Existe um tempo para cada coisa...
Em breve partilharei contigo, em um novo artigo, algumas das maravilhas de Deus sobre este tema, com experiências próprias vividas dentro do meu ministério...

Santa Cecília, rogai por nós!
Rafael de Angeli
rafael@canaldagraca.com.br
Coordenador do Ministério de Música e Artes (RCC) da RP2 - Diocese de São Carlos-SP


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