"Somos servos do Altíssmo, propagadores de uma mensagem que otempo não destruiu e nunca destruirá, nem as artimanhas do inimigo; a mensagem é que Jesus Cristo é o Senhor e reina soberano sobre as nossas vidas".

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O MÚSICO NA BÍBLIA! Por Luís Carvalho Fundador da Com. Recado.

“Meu olhar não é o dos homens: o homem vê a aparência,
   o Senhor vê o coração”. (I Sam 16, 7).
    É fundamental que você acredite em você mesmo como um profeta. Nunca julgue o músico pela aparência. Para trabalhar com jovem, tem que se libertar do conceito de aparência. O segredo para o ministério de música enfrentar um público sem se aterrorizar e verdadeiramente ministrar a música é pedir a Deus o seu olhar. Tem que entender o público e não julgá-lo, deve-se amá-lo. Não vamos lutar contra o público, deixemos que Deus lute por nós.
    I Sam 16
    Ver 11 - O menor dos filhos
    Peça ao Senhor que em seu coração você possa ser o menor, o mais simples, o mais humilde, o mais autêntico.
   Saber tocar:
   1 – Seu instrumento não serve de esconderijo para você;
   2 – Você deve dominá-lo e não deixar que ele te domine;
   3 – Tenha o domínio técnico para que possa transbordar o seu interior através do seu instrumento.
    Ver 18 – “Eu vi o filho de Jessé de Belém, que sabe tocar muito bem: é um homem valente, hábil no combate, fala bem, de bela aparência e o Senhor está com ele”.
   Valente
    Deus nos deu um Espírito de autoridade, fortaleza. Não espere que a Igreja te apóie e chame para exercer seu ministério. Não pense que a Igreja pode fazer por você mais do que você pode fazer pela sua Igreja. Tenha ousadia para começar sozinho, um dia a Igreja te chamará e precisará de ti. A posição do músico é visada, aprende, portanto, a receber críticas. Não precisamos ser valentes para enfrentar sacerdotes e sim sábios.
    Fala bem
    Falar bem é diferente de falar muito. Em Provérbios diz que falar muito sempre acaba em pecado: “No muito falar não faltará o pecado” (Pr 10, 19) . Aquele que sabe falar, sabe também calar. Uma das grandes tentações com o público é falar demais. O discurso de Pedro foi rápido, porém toucou e converteu 3000 corações.
    Bela aparência
    Você não é só sua aparência ou uma beleza exterior, mas deve ser a beleza que Deus ama. És precioso aos olhos de Deus. Peça autenticidade, sinceridade.
    O Senhor estava com ele
    Não deixe que seus sonhos dependam do dinheiro. Não tenha vergonha de sonhar. Deus precisa de seus sonhos, precisa que você chore por eles, mesmo que não tenha aparentes êxitos. Jesus morto na Cruz era aparentemente um fracasso. Quais são seus sonhos, ideais, desafios? Deus já sonhava com Jeremias! Deus já sonhava com você!
   
“Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já contava contigo”. (Jer 1, 5)
    Na Bíblia, aparece 365 vezes “não temas” , uma para cada dia do ano, porque em nós existe o medo. Seus sonhos só dependem de você e de Deus. Não espere que seus medos e suas fraquezas saiam de ti para fazer algo por Deus. Faz e deixa que Ele expulse suas fragilidades.
    Conselhos:
   1 - Rever a sua história. Descubra como Deus lhe conduziu para realizar seus sonhos.
   2 - Não tente entender seus sonhos, no seu devido tempo, compreenderás.
   3 - Alimente sua fé todos os dias, porque é inevitável o momento em que você chega a duvidar desses sonhos.
   4 - Deus tem outros irmãos sonhando igual a você.
   5 - Prepare seu coração para seus sonhos serem provados. Serão momentos de dúvidas, dor e desânimo.
"A espera do justo é a alegria". (Pr 10, 28)

Luiz Carvalho - luizcarvalho@recado.org.br
Fundador da Comunidade Recado - www.recado.org.br

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"ESPÍRITO SANTO: O GRANDE CANTOR!" Por Henrique Benvenutti da Com. Chagas de amor


O que faz do nosso canto um instrumento no processo de evangelização? Como que a música que cantamos tem o poder de converter almas?
Nós sabemos que somos pecadores, e que todos temos fraquezas, então, diante das nossas fraquezas e de nossos pecados, como algo que sai de nós pode tocar o coração de alguém e fazer com que essa pessoa se volte a Jesus? Que força é essa que nos invade e faz com que passemos a agir não por nós, mas de acordo com a vontade de Deus?
As respostas de todas essas perguntas, quem nos dá é o próprio Jesus. Essa força é aquela que Ele, o nosso senhor, enviou aos discípulos antes de sua ascensão aos céus:
“Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito santo e os dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (Atos 1,7-8).
Podemos notar que Jesus antes de subir aos céus e confiar a missão de levar a sua boa nova aos discípulos, revela que fará descer sobre todos eles o Espírito santo, e como conseqüência da descida desse Espírito santo eles terão força e dessa forma serão testemunhas. Ou seja, a força que nos faz ser testemunhas de Cristo, abrangendo aqui também a música e o canto que são formas de evangelização, é o Espírito santo.
O Espírito santo é o que nos torna capazes, mesmo diante da nossa fraqueza e pequenez, de levar o evangelho de Cristo e de fazer com que o nosso canto e a nossa música chegue aos corações levando à conversão.
É preciso que saibamos que cantos bem feitos, afinados, estudados, ensaiados são muito importantes, já que estamos nessa Terra para sempre dar o melhor de nós a serviço de Deus, porém, mais importante ainda é a necessidade de ter um canto conduzido pela graça do Espírito santo.
Um belo canto pode atrair os ouvidos, mas um belo canto conduzido pelo Espírito santo atrai não somente os ouvidos, mas a alma, o coração. É esse o trajeto que a nossa música deve percorrer: o belo e o ungido.
A beleza atrai, chama a atenção de modo que faz com que todas as atenções se voltem para o que é belo, a beleza do canto abre os ouvidos para a entrega, porém se está só, a beleza é passageira. Já a unção tem o papel fundamental de fazer com que a mensagem ouvida através do que é belo fique marcada dentro dos corações. Um canto sem a unção é como um autofalante que só faz barulho. É o que nos explica João Paulo II, quando escreveu sua carta aos artistas:
“Enquanto busca do belo, fruto duma imaginação que voa mais acima do dia-a-dia, a arte é, por sua natureza, uma espécie de apelo ao Mistério. Mesmo quando perscruta as profundezas mais obscuras da alma ou os aspectos mais desconcertantes do mal, o artista torna-se de qualquer modo voz da esperança universal de redenção”.
Toda arte, principalmente aquela que é feita para a evangelização, leva ao grande artista que é o Espírito Santo. Ele é o grande cantor, aquele que canta em nossas almas o que devemos cantar ao mundo, Ele faz de nós melodias agradáveis aos olhos do Pai. Sem o Espírito Santo, o canto perde todo o sentido e passa ser somente mais um canto, como todos os outros. Clamemos todos os dias a graça do Espírito Santo sobre a nossa vida, e dessa forma, a nossa música será agradável aos ouvidos de Deus e do próximo.
É assim irmãos, que devemos agir diante da nossa missão, sendo totalmente dependentes do paráclito, daquele que desceu dos céus para o nosso auxílio em levar a palavra do Altíssimo. Não seja o nosso serviço apenas barulho, seja força, amor e motivo de conversão! O Espírito Santo estará conosco e nos dará essa graça.

Escrito por Henrique Benvenutti
Consagrado da Comunidade Católica Chagas de Amor
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O PERFIL DO MINISTRO DE MÚSICA!


"... tenha visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é um valente guerreiro, fala bem, e é de bela aparência e Iahweh está com ele". (I Sm 16, 18)

O ministro de música, antes de tudo, deve ser um homem de Deus. Deve ter uma vida reconciliada com Deus e os homens em vista da missão dada por Ele mesmo: evangelizar com a arte musical. Deve ser como Davi, que além de tocar era um valente guerreiro que falava bem e de boa aparência, no entanto o mais importante era que o SENHOR estava com ele: ele era um homem de Deus.

quando se fala de perfil do ministro, está se falando do pensamento do ideal para o serviço, que se constrói na vida cotidiana. Assim, enumeramos o que vem a ser luz e motivação diante do que Deus quer realizar:

1- Silêncio

"... um tempo para falar e um tempo para calar". (Eclo 3,7)

O ministro de música precisa valorizar devidamente o silêncio dentro do seu ministério, sabendo discernir quando e como fazê-lo, este momento não deve ser infecundo, mas fecundo, pois é exatamente neste silêncio que Deus o visita e irriga a semente que Ele plantou; a postura adequada é de escuta e acolhimento ao que Ele plantou, a postura adequada é de escuta e acolhimento ao que Ele tem para dar.

É importante o silêncio no ministério, mas também é importante o silêncio do ministro de música, é sobretudo o próprio ministro que deve saber o tempo de calar e o tempo de ação, canto, evangelização.

Muitas experiências com Deus se dão no silêncio que se faz em Sua Presença e Majestade, vemos então a importância do silêncio, pois se há experiência há testemunho, e qual seria o sentido de ministrar música se não sou testemunha? Se no meu canto não há verdadeira evangelização? Tudo parte do meu silêncio orante diante de Deus e então começa a verdadeira missão, fundamentada na Vontade de Deus.

2- Obediência

"Eu sou a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra".(Lc 1,38)

Os que por Deus são chamados a serem ministros de música recebem com este chamado graças que o capacitam a corresponder esse chamado, dentre elas a obediência.

O que é a obediência do ministro de música senão fazer a vontade de Deus? Um músico eleito não faz mais a sua vontade, mas a de Deus, a não ser que sua vontade coincida com a de Deus... Mas sabemos que nem sempre é assim, então Deus nos concede a graça para que se possa ser fiel a Ele.

Na verdade não existe ministro de música não obediente, pois ser ministro de música não é uma escolha do músico, mas de Deus, e se o músico diz Sim ele correspondeu ao chamado Divino, em outras palavras: obedeceu.

A primeira pessoa a quem o ministro de música deve obediência é a Deus. As pessoas que devemos obedecer são na verdade, Mediadores da autoridade concedida por Deus. Devemos obediência as nossas autoridades, não por elas mesmas, mas porque a elas foi dada a missão de representarem a Deus.

O músico deve ser atento a sua vivência da obediência, pois Deus lhe chama constantemente a obediência para ser feliz, na oração pessoal, na leitura de Sua Palavra, na eucaristia ou através da mediação das autoridades constituídas por Ele, de uma maneira muito especial, as autoridades eclesiásticas, mas também o coordenador do ministério, por exemplo.

A obediência é uma grande fonte de bênçãos, eficaz instrumento que o Senhor utiliza para purificar a nossa vontade nos tornando livres para seguir Jesus Cristo. (cf. ECCSh 131).

a eficácia de uma evangelização depende totalmente da obediência, sem a obediência tocar ou cantar será em vão, de nada valerá..., pelo menos para nós, embora parcialmente edifique os outros.

3- Profissionalização

Além de uma necessidade e de ser vontade de Deus, a profissionalização é uma fonte de eficiência diante do empenho que é exigido no serviço, não deixando, de exigir um empenho próprio para conquistá-la, com entusiasmo e perseverança. É muito importante ressaltar que ela está abaixo do amor a Deus, não pode ser prioridade quando não há vida concreta de oração, pois será um simples sinal deste amor.

Na velha batalha entre a vida espiritual do ministro e o seu desejo de progresso, no tocar ou no canto, que só será verdadeiro se for fruto do progresso interior, pode-se dizer que profissionalizar-se é viver um dos aspectos necessários no cumprimento da missão própria do ministro de música, afinal Deus fará na humanidade do servo a aptidão natural aperfeiçoada pelo conhecimento, estudo técnico, cuidados básicos com os devidos instrumentos utilizados, desde a bateria até as cordas vocais.

Haja, contudo, um cuidado quando se busca a técnica, com a influência de instrutores(as) de música que tenham, além de uma visão, uma vida ou ideologia não evangélica, especialmente na área específica da qual estamos tratando. Isto para que não haja quebra de uma reta intenção do coração, muito menos a direção que deve tomar o ministro no seu serviço. Se a técnica é instrumento de desvio, melhor seria operar a graça na "fraqueza" do servo. Ser um profissional no Reino pede uma maturidade e uma abertura para que Deus continue sendo o centro das opções e da vida do músico.

4- Humildade

O humilde, pousa os olhos no Senhor: "Tu sois Santo, Tu sois Altíssimo." Sabe que por si só nada tem e nada é; reconhece imediatamente o bem que em si existe e as qualidades que possui, mas tem sempre em mente a expressão: Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o tivesses recebido? (I Cor 4,7); humilha-se no reconhecimento do seu próprio nada e da sua absoluta dependência de Deus, e mantém-se no lugar que lhe compete.

O humilde vê com clareza que tudo recebeu de fora, tanto na ordem da natureza: vida, corpo, inteligência, talento, saúde e força, olhos, membros, etc; como na ordem da graça. "Deus produz em nós o querer e o agir"(Fil 2,13), "não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar coisa alguma, porque a nossa suficiência vem de Deus"(II Cor 3,5); nenhum pensamento, nenhuma decisão salutar, grata a Deus, nenhuma obra boa, nem mesmo a mais íntima, nenhuma oração. Nenhum ato de fé ou de caridade provêm do servo nem pode-se tomar completamente para si. Mesmo a cooperação com a graça, o fato de não se abusar dela e de se lhe corresponder inteiramente, é fruto da ação de Deus na vida do ministro. Quão exatas são as palavras do Apóstolo: "Que tens tu que não tenhas recebido?" Nada, absolutamente nada !

Ele sabe, todavia, que há algo exclusivamente do homem: o pecado. O humilde sabe muito bem que, abandonado a si mesmo, só disso é capaz: de pecar. Se não caiu ainda nestes ou naqueles pecados, não o deve a si mesmo, mas unicamente a Deus que, na sua infinita misericórdia, o preservou: isolado não teria podido defender-se. Como o publicano do Evangelho, reconhece-se pecador, e indigno de levantar os olhos ao céu, indigno da estima e do afeto dos homens; merecedor de ser tratado apenas como é: um pecador.

É dizer como São Francisco: "Quem és Tu, quem sou eu". É olhar para si com os olhos de Deus para conhecer-se, acolher-se e amar-se com o Seu amor. Como transbordamento de uma conversão que se dá constantemente a partir deste conhecimento saberá o ministro ser, na sua missão, o que Deus quer, o que Ele pensa, o que Ele espera.

5- Serviço:

Aquele que serve "deve 'fazer-se tudo para todos'(I Cor 9,22) a fim de conquistar todos para Jesus Cristo... Particularmente, não imagine ele que lhe é confiado um único tipo de almas..." (CIC 24)

Uma forte característica do bom ministro de música é o serviço: lavar os pés dos outros com água nova, amar a todos, dar-se sem medir, fazer a vontade de Deus... sempre no louvor, fazendo uso de uma linguagem atualizada e própria para cada instante. Aqui se pode destacar tanto a renovação do repertórios utilizados nas diversas assembléias (congressos, cursos, missas...), como o uso dos carismas em benefício do povo ao qual se serve.

É importante, neste aspecto do serviço, refletir que:

SER DA LINHA DE FRENTE é servir primeiro, buscando imitar mais de perto o Senhor, sofrendo as primeiras conseqüências, chegando antes e saindo depois.

ESTAR NA OFENSIVA E NA DEFENSIVA é servir na batalha espiritual, ao Senhor e ao seu povo. Dispor tudo para Deus indo contra a ação silenciosa, sutil ou mesmo nítida do inimigo, intercedendo para que se abra o céu num derramamento de graça. Estar atento ao que possa romper com a ação de Deus e pela graça, pela unção, defender a assembléia, "o coração do homem", contra os ardis do demônio, ou mesmo, contra as próprias tendências da carne.

O ministro de música está:

- A serviço da Trindade: Servir ao Pai, por Cristo, no Espírito, fazendo, por sua vez, a vontade de Deus - como Jesus, pobre, obediente e casto - na unção do Espírito, precisando ir onde Deus mandar, esperando, vivendo e crendo n'Ele. Por amor...

- A serviço do povo de Deus: Ë para o povo que existe o ministério de música. Este é auxílio, porte da graça. Deus realiza por meio de homens para alcançar outros homens. Não é fazer o que o povo quer e sim saber o que Deus quer fazer em favor do povo. Servir bem é, portanto, dar somente o que vem de Deus para saciar a fome e a sede do povo.

- A serviço da Igreja: Ministramos o que cremos e não a nós mesmo, e não a cultura, o conhecimento por ele mesmo, a lógica. Ministramos a verdade conhecida e experimentada, a graça recebida e transbordada, a fé acolhida e vivenciada. É indispensável a coerência entre a vida do servo e a fé professada pela Igreja, afinal, como Igreja as partes formam um todo que necessita estar em unidade e esta unidade exige conhecimento, busca da verdade, renúncia das próprias mentalidades geralmente formadas pelos ditames do mundo.

6- Disponibilidade

Numa visão generalizada aquele que deseja cuidar com fidelidade da missão à qual o Senhor lhe convidou a servir, necessita estar disposto a dar-se sem medidas. "Amar é dar-se até doer". (Madre Teresa de Calcutá). O ministro de música é igualmente chamado a sair de si, a servir. Não é um ministério para os que se servem, nem tão pouco para os que preferem servidos, mas para os que preferem oferecer gratuitamente o que recebem de Deus e o fazem por gratidão ao próprio Deus. O desejo do sacrifício deve, assim, ser como um motor que leve o eleito a sempre ir além, a dispor não somente as suas possibilidades e potências ao Senhor e aos irmãos, mas ao sacrifício cotidiano do que é lícito para unir, como a viúva no templo, o que de nós é mais precioso em favor da edificação do Reino.

Existem, contudo, algumas formas de servir-se no ministério: não participar de ensaios; não comparecer às formações; cantar ou tocar apenas o que se gosta ou quando se está bem, ou ao menos considera estar bem. Quem está neste rol precisa buscar a sua verdade pelo fato de ainda não ter entendido que ministério é serviço a Deus e ao outro.

7- Maturidade humana

Ao falarmos sobre o tema maturidade humana imediatamente imaginamos que seja o momento da vida do homem no qual alcançou o discernimento pleno para dirigir sua vida e realizar grandes coisas sozinho, no entanto, na vida cristã, o homem atinge a maturidade no momento em que conhece a sua verdade, sua pequenez, sua fraqueza, lança-se inteiramente nas mãos de Deus e colabora com a sua ação.

Exatamente porque reconhece a sua fragilidade, sua pequenez, sabe que não pode dirigir sua vida sozinho, necessita da ação do Espírito Santo sobre a sua natureza humana, porque só o Espírito desenvolve perfeitamente as suas capacidades humanas, intelectuais, espirituais, suas aptidões, até que alcance a idade madura.

Uma boa maneira de perceber como se caminha para a maturidade é poder responder, na verdade a algumas indagações como:

- Tenho compreendido que necessito me relacionar intimamente com o Espírito Santo? Sou um daqueles que agem como se o Espírito Santo não existisse? Tendo o Espírito Santo em mim, posso continuar com uma vida medíocre?

- Sou bastante dócil ao Espírito Santo, bastante disponível para seguir seus conselhos ditos em segredo ao meu coração, seus misteriosos convites? Sou capaz de responder a seus apelos pelo verdadeiro progresso que é o interior?

- Tenho agilidade diante dos impulsos do Espírito Santo? Deixo o Espírito Santo inteiramente livre para dirigir a minha vida de acordo com a sua vontade?

- Tenho colaborado com todas as minhas forças com a ação do Espirito Santo para que todas as minhas aptidões, talentos sejam plenamente desenvolvidos? Deus me deu muitos talentos a nível espiritual, humano, intelectual e eu tenho colaborado para que estes talentos se multipliquem?

- Nas minhas tribulações, nas minhas dúvidas, tenho sabido invocar o Consolador? Sou eu um obstáculo à ação do Espírito Santo em minha própria alma?

- É mais um dos caminhos que o ministro necessita, com diligência, trilhar para servir conformado ao Evangelho. Como ensina a Santa Madre Teresa de Jesus de Ávila: "Quanto mais humano, mais santo".

8- Unidade

Para que a música seja ministrada com poder, na ação do Espírito, é preciso que haja harmonia de relacionamento entre aquele que ministra a música e aqueles que irão fazer uso da Palavra; entre quem anima e quem conduz a oração; entre vocal e instrumental; entre vocais; entre instrumentistas; entre ministério e assembléia. Enfim, a unidade, que será fruto de uma graça de oração e docilidade à ação do Espírito, é essencial para que todos bebam de todo bem, graça e unção que Deus deseja derramar.

Por exemplo, após uma pregação a música a ser ministrada deve ser uma continuidade de tudo o que foi pregado, desta maneira, não haverá quebra no que estava sendo conduzido. Para haver esta harmonia entre a pregação e a música, o ministro deve estar atento o tempo todo ao que está acontecendo, ao que está sendo falado.

Em outros casos, como a Celebração Eucarística, é preciso haver coerência entre o tom da liturgia, conforme o tempo onde se está celebrando, e o serviço na música. Na quaresma não se canta o glória nem aleluia, caso o ministro não seja bem formado e faça uso de um desses cantos, estará indo de encontro com o que pede a liturgia, e isto é uma forma de se quebrar a unidade.

Existem muitas formas de construir ou de quebrar a unidade, cabe a cada ministro o zelo pelo conhecimento pessoal das mentalidades que se traz quanto ao "ser" e o "fazer" o melhor, como no que diz respeito ao conhecimento intelectual de liturgia, oração de grupo, animação, da mesma forma, que o conhecimento da vontade de Deus para cada instante em que se serve. Sem docilidade e disponibilidade a Deus e aos irmãos não se constrói a unidade.

9- Postura

Para ministrar com poder também é preciso um cuidado com a aparência, pois o músico deve sempre ter a postura de servo, para Jesus aparecer no seu lugar. Outrossim, como o músico é templo do Espírito Santo (I Cor 3, 6), deve cuidar do templo que é ele mesmo e vestir-se com sobriedade, usando roupas que não provoquem sensualismo. Não vista-se com exuberância, mas com simplicidade. Para facilitar, é bom até que se tenha um uniforme, algo simples, para ser usado nas apresentações, eventos ou missas e dar um toque especial na unidade.

A postura do músico não deve ser a de aparecer com seu instrumento ou sua voz, mas de deixar Cristo aparecer em si mesmo. É importante que o músico cante com o corpo todo, mas que não faça gestos exagerados nem escandalosos.

O músico não precisa focar escondido atrás das caixas ou do seu instrumento. Há pessoas que se escondem atrás de uma guitarra, ou de um teclado, para não deixar que Jesus o cure e o toque!

Outra dica importante é evitar conversas paralelas que não estão no contexto do evento e que não hajam certos tipos de brincadeiras, durante a atuação do ministério, ou melhor, a sobriedade caminhe ao lado de todo aquele que se dispõe ao serviço.

10- Alegria

São Tiago nos diz: "Está alguém alegre? Cante salmos" (Tg 5, 13).

A alegria é a expressão maior de quem tem Deus no coração. Dizia Santo Agostinho: "Um Santo triste é um triste santo!". O coração e o rosto do músico devem transbordar de alegria, pois não convence ninguém um cantor que ministra sem a graça do louvor e da alegria.

"Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor" (Sl 105, 3).

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domingo, 31 de outubro de 2010

NO QUE CONSISTE O NOSSO CANTO. Por Liliane do Nascimento Consagrada da Com. Chagas de Amor

“Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente.”
Santo Agostinho
Sábio pensamento, este de Santo Agostinho. E é com ele que damos o ponta-pé inicial ao nosso Projeto CANTO NOVO, com uma nova roupagem, um novo foco, pois o Espírito Santo sempre tem algo inédito a nos revelar.
Podemos partilhar um pouco neste mês sobre a realidade em que se encontram nossos ministros de músicas nos dias de hoje. E devemos nos questionar:
No que consiste o nosso canto?
Sempre digo que o ministro de música vive como em uma corda bamba, a todo o momento buscando se manter firme na meta de não cair, ou seja, de não se deixar levar pelas vaidades. É uma luta constante que só terminará no céu. Aleluia!
Infelizmente, parece que se perdeu a essência do servir. Nos deixamos levar pela rotina e colocamos de lado a espiritualidade, para cumprir “obrigações” de estar sempre no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas.
Isso precisa mudar, pois antes de FAZER, nós SOMOS, antes de desempenharmos um ministério, tivemos uma experiência pessoal com o Amor de Deus. Ele nos chamou, nos confiou um ministério que é nossa rede para pescar almas, como nos diz o Senhor :
“Vinde após mim e vos farei pescadores de homens.” (Mt. 4, 19).
Mas, é imprescindível para uma boa pescaria que as redes estejam fortes e sem danos. Por isso o Senhor nos convida a ir além, a dar um passo a mais. O de realmente nos decidir a viver o que cantamos, o que pregamos, em atos concretos. Nós não podemos estar dependentes do microfone ou de um instrumento para evangelizarmos, ou seja, necessitamos viver a autenticidade do Evangelho que consiste unicamente em amor, em amar. É o amor que marca cada parágrafo da Boa Nova, cada milagre de Jesus, todo o seu ministério e especialmente Sua morte de Cruz. Como nos ensina Santa Terezinha:
“O Amor é o ponto de partida para tudo!”.
O Amor tem que ser o ponto de partida do nosso servir, só assim ele será eficaz. Do contrário, é somente vazio, aparências, não tem alicerce, não finca raízes.
Precisamos entoar com nossas vozes o amor perfeito de Jesus, cantar o mais alto que pudermos que é esse amor louco, cravado num madeiro que cura e que salva, independente de quem canta ou de quem toca, pois o Amor de Deus não se condiciona a essas pequenas coisas, ele é muito maior. O Amor pode transformar tudo!
Temos que assumir de uma vez por todas nossos lugares de servos, nos colocarmos no último lugar e na humildade nos reconhecermos pequenos e dependentes da graça de Deus, buscando a santidade e nos tornando homens e mulheres orantes. Assim como nos afirma o CIC no nº. 2559:
“A humildade é o fundamento da oração. A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus”.
Quando olharmos a nossa volta e começarmos a enxergar o sofrimento do próximo, indo ao seu encontro e direcionarmos o nosso servir neste intuito, tudo terá mais sentido e o primeiro passo será dado rumo à santidade, a vida eterna que compensará todos os sofrimentos desta terra.
Sigamos o exemplo de nossa querida Santa Terezinha do Menino Jesus:
“A santidade não está em tal ou tal prática; consiste numa disposição do coração que nos torna humildes e pequenos nos braços de Deus, conscientes de nossa fraqueza e confiantes até audácia em sua bondade de Pai”.
E que esse possa ser o nosso único desejo, sermos verdadeiros mendigos de Deus, que nada tem, nada são, senão no Senhor, que nos envolve em sua infinita misericórdia. Simples servos que somente almejam agradar o seu Senhor e fazer com que ele seja amado por todos, fazendo de nossas vidas o mais bonito e agradável louvor.
Que o nosso canto seja renovado nesta Páscoa para que junto com Jesus nossas vidas renasçam para o novo de Deus. Um abraço fraterno!
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DICAS PRÁTICAS PARA O MÚSICO. Por Fábio Roniel, marido da cantora Eliana Ribeiro e consagrado da Canção Nova

Quando o músico erra

A vaidade é uma coisa que existe na maioria dos músicos e se ela não for bem trabalhada pode atrapalhar seu ministério. Quando um músico erra, a tendência naqueles que são menos experientes é de fazer cara feia, parar de tocar e coisas do tipo.

Uma dica na hora do erro é de passar por ele como se nada tivesse acontecido, sem ter nenhuma reação diferente, para que não se evidencie o erro.

Dica para o baterista

Nesses meus dez anos de música na Canção Nova, percebo que na música católica os bateristas iniciantes, muitas vezes, querem colocar em uma só música tudo aquilo que aprenderam ou estão estudando. Isto prejudica muito o ministério, porque evidencia o baterista e desvia a atenção do povo da mensagem que está sendo passada.

Outra coisa é que o caminho não é este. Se você estiver querendo demonstrar também o seu profissionalismo, faça o "feijão com arroz" bem feito, que aqueles mais experientes na música vão perceber a sua capacidade e maturidade musical.

Dica para o baixista

Uma dica importante para os baixistas é de sempre lembrar de que ele não é o guitarrista. Por que eu falo isto? Porque já vi muitos baixistas que têm tendência em ficar solando e improvisando nas músicas.

Realmente há momentos que cabem estas coisas, mas uma constância exagerada a banda acaba ficando sem chão e o baterista fica sozinho. Por isso, é preciso ter muita atenção e saber a hora certa de colocar os improvisos principalmente na região aguda.

Para o Ministério de Música

Uma dica importante que eu gostaria de dar para os ministérios de música é que todos têm que ter consciência de grupo. E o que seria basicamente esta consciência?

Cada um estar atento em não chocar com os outros músicos com acordes uns diferentes dos outros. Outra coisa importante é não atropelar o outro músico, como dois músicos solarem ou improvisarem ao mesmo tempo, sendo que isso também faz com que a música fique sem base harmônica.

Então, muita atenção para esta consciência de grupo.

Fonte: Fábio Roniel
Ministério de Música Canção Nova
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

QUAIS AS MINHAS PRIORIDADES? Por Alan Costa da RCC da Arquidiocese de Vitória - ES


Tantos ministérios e bandas têm se perdido por não saberem definir suas prioridades. Qualquer área de nossa vida sem prioridade desanda. Vivem sem prioridades é viver sem disciplina. Uma vida sem a disciplina trazida pela priorização, corre sério risco de ser vivida erradamente, onde investimos tempo naquilo que não edifica e não irá nos trazer o retorno esperado. O assunto tende a piorar quando o trazemos à ótica do serviço a Deus. Um dos serviços dentro da Renovação Carismática Católica é feito pelos Ministros de Música. Fiz questão de classificá-los assim, pois ser um Ministro é muito mais que ser um simples músico. Classificar alguém que foi separado pelo próprio Deus apenas pelo seu dom técnico, é subestimar esta escolha, tornando-a apenas um “servicinho” ou um “passa tempo” e não um ministério. Para priorizar algo eu preciso, antes de qualquer coisa, entender a real importância de cada uma das coisas com as quais tenho convivido diariamente. Sem esta classificação é impossível qualquer atitude de priorização.
Tantos irmãos ministros de música têm se gastado em prol de objetivos tão vazios que fica nítido que ali faltou formação e consequentemente prioridades. Tantos ministros de música têm feito de seus CDs, composições e shows seu maior tesouro e marca registrada. Tantos “ministérios” têm usado com má fé a imagem da RCC e também da Igreja de Cristo com objetivos egoístas de crescimento próprio e até mesmo de enriquecimento material. O Grupo de Oração deixou de ser prioridade na vida de muitos irmãos chamados ao Ministério de Música. Muitos ministérios nascem com o total apoio operacional, financeiro, formacional e principalmente espiritual de um Grupo de Oração e consequentemente da Renovação Carismática Católica, pois não há como falar de Grupo de Oração sem falar de RCC, ainda mais que não existe RCC sem Grupo de Oração! E depois de nascerem com total apoio da RCC, através de sua célula mais viva e importante que é o Grupo de Oração, estes ministérios simplesmente debandam e renegam todas as raízes, deixando os grupos sedentos e sem música. Uma das faces mais chamativas da RCC é sem dúvidas a música. Arrisco-me a dizer que a música tem sido uma face de queda para muitos grupos também, devido a atitude mesquinha e egoísta de alguns irmãos que não aprenderam o básico: a traçar suas prioridades.
Qual seria a prioridade de um músico, que serve a Deus dentro de um Grupo de Oração? A resposta é: a prioridade do músico deve ser o Grupo de Oração e tudo que o cerca, como: vida de oração, Eucaristia, obediência e amor à Santa Mão Igreja Católica Apostólica Romana, vivência sacramental, amor à Palavra e Deus e por aí vai. Se um servo de Deus não vive sobre estes pilares, ou seja, se ele vive fora do grupo de oração, sinceramente este servo não pode dizer ou usufruir da imagem da RCC pois isso seria agir de má fé. É muito fácil um ministério de música crescer dentro de um grupo de oração e depois, simplesmente abandonar tal grupo sem antes ter formado pessoas para os substituírem. Os músicos se vão e com eles se vai parte da “vitrine” de um grupo de oração que é a musicalidade inspirada pelo Espírito Santo. Não estou afirmando que um grupo de oração irá acabar se não tiver música. Um grupo só acaba se Deus assim o quiser. Porém os ministérios de música que têm “crescido” e abandonado os grupos de oração nem sempre o fazem por vontade de Deus, pois o Senhor não descobre um santo pra cobrir outro. O que tem acontecido com frequência é a total falta de prioridade que leva a uma maior falta ainda de comprometimento por parte destes ministros, que colocam tantas outras coisas e situações na frente dos planos de Deus e que acabam se perdendo por completo. Vejo muitos ministérios gravando seus CDs, evangelizando fora de suas dioceses, alçando voos cada vez mais altos, porém nem todos sabem lidar com isso. Tudo isso é importante e deve ser buscado e priorizado pelo ministério de música, porém em seu devido lugar: sempre atrás dos planos de Deus e nunca na frente! E o maior plano de Deus para a RCC é que os Grupos de Oração tornem-se local de um novo e perene Pentecostes em cada uma das reuniões de oração! E o Ministério de Música é parte integrante disso! Se a prioridade do ministro de música não for ser um instrumento poderoso nas mãos de Deus, então as prioridades precisam ser revisadas com certeza. Tantos ministros de música tornaram-se meros músicos e nem têm mais frequentado seus grupos de oração com o pretexto de que têm tido muitas missões. Missões em nome de quem? Enviadas por quem? Como alguém que não comunga da espiritualidade da RCC pode sair por aí falando em nome da RCC? A isso dá-se o nome de desobediência.
Portanto, amigos ministros de música, está na hora de assumirmos nosso posto de escolhidos de Deus e deixarmos de inventar pretextos para fugir dos planos deste mesmo Deus. Chega de vivermos à margem daquilo que nos ensina a RCC. Chega de priorizarmos tantas outras coisas fora do plano de Deus para nós. Chega de imitarmos tantos músicos que se dizem de Deus e em nome desta falsa evangelização passam meses sem a Santa Eucaristia, semanas e mais semanas mergulhados em turnês onde o único objetivo é mostrar suas técnicas. A técnica sozinha não salva ninguém. O que salva é a comunhão divina entre técnica e unção. Isso sim transforma o músico em Ministro de Deus, apto a evangelizar não com seu som, mais com sua vida! Por isso sonhe bastante em seu ministério, mais antes permita que os sonhos de Deus sejam sonhados também por vocês. E o sonho de Deus é que o Espírito Santo se espalhe por todo o mundo fazendo com que Jesus Cristo seja amado, adorado e conhecido! Não se deixe enganar! Volte para seu grupo de oração enquanto há tempo!

Paz e bem!

Alan Cota.
Conselheiro Arquidiocesano da RCC de Vitória-ES
Padrinho do Ministério de Música Arquidiocesano.